‘Vão tentar me matar de novo’, diz presidente do TRE-SE

São Paulo – Depois de sofrer um atentado em que seu carro foi alvejado com 37 tiros, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), Luiz Antônio Mendonça, disse […]

São Paulo – Depois de sofrer um atentado em que seu carro foi alvejado com 37 tiros, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), Luiz Antônio Mendonça, disse nesta quinta-feira (19) não ter dúvida de que será alvo de nova tentativa de assassinato.

Em entrevista ao site G1, ele afirmou que vai reavaliar a necessidade de reforçar a própria segurança. Contudo, o desembargador diz que andar cercado por seguranças é um “desconforto”.

Apenas um dia após a tentativa de assassinato, ele saiu de casa sem colete à prova de balas e no horário habitual. Ele afirmou ter percorrido o mesmo caminho até o Tribunal de Justiça  do estado (TJ-SE) em carro sem blindagem, acompanhado apenas por um motorista.

Ex-promotor de Justiça e secretário estadual de Segurança durante o governo de João Alves (DEM), o presidente do TRE quer acompanhar as investigações. Na próxima semana, ele pretende se reunir, em Brasília, com o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa.

O desembargador também preside a Câmara Criminal do TJ-SE e afirmou que fará um levantamento dos casos julgados pela Câmara para ajudar nas investigações.

Sobre a possibilidade de requisitar reforço de forças federais para assegurar a segurança das eleições em Sergipe, o presidente do TRE afirmou que o estado tem um efetivo policial suficiente para garantir uma votação pacífica.

Suspeitas

De acordo com o jornal Gazeta de Alagoas, o principal suspeito do atentado seria Floro Calheiros, um alagoano foragido da Justiça desde dezembro de 2008. Ele é acusado de ser pistoleiro e agiota. A relação com o desembargador relaciona-se ao fato de Calheiros ter incluído Menfonça em uma lista com 17 nomes “jurados de morte”. Dessas pessoas, 11 já teriam sido executadas em cidades do interior da Bahia e Sergipe.

O jornal Correio do Povo, também de Alagoas, sustenta que Calheiros teria agido a mando de um deputado alagoano.