Sem citar Marina, Dilma diz que eleição no 1º turno também fortalece democracia

Brasília – A candidata do PT À Presidência da República, Dilma Roussef, disse neste sábado (28), em entrevista coletiva em Brasília, que “a democracia sai fortalecida se tiver primeiro turno, pura e […]

Brasília – A candidata do PT À Presidência da República, Dilma Roussef, disse neste sábado (28), em entrevista coletiva em Brasília, que “a democracia sai fortalecida se tiver primeiro turno, pura e simplesmente, e também se tiver segundo turno”, em resposta a uma declaração da candidata do PV, Marina Silva, de que o segundo turno fortaleceria a democracia.

“Eu acho que a eleição se dá no dia 3 de outubro. É que nem futebol: alguém conta o gol antes da bola na rede? Não conta. A gente também não pode contar antes do voto estar na urna. Isso é que é democracia: voto na urna”, disse Dilma, que não quis comentar a possibilidade de vitória no primeiro turno com base nas últimas pesquisas de opinião em que mantém vantagem superior a 20 pontos sobre o candidato do PSDB, José Serra.

“Eu não faço hipótese. Não trabalho e não devo. Seria uma imensa pretensão da minha parte subir num salto alto e ficar dizendo: vou ganhar aqui e vou ganhar ali. A gente tem que trabalhar com o que está posto. No Brasil, está posto a possibilidade de primeiro turno e a possibilidade de segundo turno”, disse.

Dilma Rousseff afirmou que “as pessoas que concorrem conosco têm que ser respeitadas e, depois da eleição, a coisa muda de figura: a gente desarma o palanque e estende a mão pra quem for pessoa de boa vontade e quiser partilhar desse processo de transformação do Brasil”. Indagada se isso inclui José Serra, ela respondeu: “estendo a mão pra quem quiser partilhar”.

Diante da insistência de um repórter sobre se estenderia a mão a Serra depois da eleição, Dilma respondeu: “Não sei se ele quer. Você pergunta pra ele. Se ele quiser, perfeitamente”. A seguir, ela explicou essa declaração: “Estou dando um conceito. É que um governo ou é para todos ou não é republicano. Isso nós mudamos no Brasil. Nós jamais perguntamos para um prefeito ou um governador como se fazia antes no Brasil. Sou do Rio Grande do Sul e me lembro que, quando havia um atrito entre o presidente e o governador, o presidente não ia lá e não dava dinheiro. Acho isso um absurdo. República Velha é isso. Condicionar o recurso público ao apoio. A pessoa não precisa estender a mão para mim para ter o dinheiro. Pode ficar sem estender a mão, como oposição, numa boa, e vai ter dinheiro”, disse.

Fonte: Agência Brasil.