Dilma reafirma compromisso com centrais e garante aumento real para salário mínimo

A candidata Dilma Rousseff em sabatina do R7. (Foto: Roberto Stuckert Filho) São Paulo – A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse nesta quinta-feira (22) que […]

A candidata Dilma Rousseff em sabatina do R7. (Foto: Roberto Stuckert Filho)

São Paulo – A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse nesta quinta-feira (22) que seguirá a receita de reajustes do salário mínimo praticada durante o governo Lula. A gestão, o Executivo federal firmou compromisso com as centrais sindicais de promover aumento real do mínimo.

“Nós fizemos um processo com as centrais em que o reajuste do salário mínimo é a inflação do ano mais o crescimento do PIB de dois anos antes, e ele é responsável por 74% de aumento do salário salário mínimo entre 2003 e 2010 em termos reais”, argumentou.

Dilma lembrou durante a sabatina ao portal R7 a diferença de tratamento dado ao salário mínimo no país. Antes, disse ela, era corrente o discurso de que aumentar o salário mínimo teria um reflexo ruins sobre a inflação. “Quando nós entramos no governo (2003), o salário mínimo estava abaixo dos US$ 100. Hoje, está perto dos US$ 300. Nós provamos que aquela coversa era mentira”, disse.

A luta pelo aumento real no salário mínimo iniciou com as marchas dos trabalhadores em Brasília em 2004. Em janeiro deste ano, o salário mínimo passou a ser de R$ 510. 

América Latina

Dilma também falou sobre juros, inflação, crescimento e desenvolvimento, sempre ponderando o lado social, mas também teve de ouvir perguntas como “se jantaria com Fidel Castro ou faria greve de fome?” ou ainda se seria “madrinha de um relacionamento homossexual”, e foi questionada sobre a possibilidade de Antonio Palocci ocupar cargos no governo.

Calma, Dilma respondeu a todas, respectivamente: (sobre os países da América Latina) é preciso respeitar a diferença entre posições pessoais e oficiais nas relações com outras nações e afirmou ser favorável a união civil entre pessoas do mesmo sexo. “Como governante, eu acho, que o país tem de reconhecer os direitos civis, ter uma legislação para o aborto”, resumiu.

Já sobre uma provável montagem de governo, lembrando Fernando Henrique Cardoso na disputa à prefeitura de São Paulo, em 1985, quando “sentou” na cadeira de prefeito antes das eleições e acabou perdendo para Jânio Quadros. “O que eu tenho de dizer para o eleitor é o projeto da continuidade do presidente Lula e seguir avançando.”

Copa do Mundo

Dilma também falou sobre a indecisão do governo de São Paulo e a CBF sobre qual estádio irá receber jogos do Mundial. Para ela, é um absurdo São Paulo ficar de fora das cidades-sede. 

Propostas

Primeiro, Dilma falou sobre o Bolsa-Família, que tem como objetivo. Ela disse que a cobertura só não é maior por falta de cadastro, cuja responsabilidade cabe às prefeituras. “Essa população (de extrema pobreza) era de 77 milhões, mas reduzimos em 24 milhões, e por vários mecanismos, entre eles a formalização do emprego.”

Ela também questionou os programas sociais em São Paulo, após e a promessa de Serra em duplicar o Bolsa Família. “Ele foi governador de São Paulo e tinha três programas principais, o Renda Cidadã, o Ação Jovem e o Jovem Cidadão. O Renda Cidadã, maior deles, diminuiu, reduziu-se”, disse. “Há uma diferença entre dizer e fazer”. E completou: “Eu tenho orgulho do que nós fizemos. Nós fizemos, sabemos o que fazer e como fazer. Eles, não.”

Outro ponto abordado foi a educação. A candidata defendeu a valorização dos professores, principalmente em relação ao piso nacional, que deve crescer a cada ano. “Nós temos de olhar para a geração jovem e para as crianças e dizer ‘vamos dar a eles o que nós não tivemos de oportunidade”, afirmou.

Ela também elogiou o programa Minha Casa, Minha Vida e diz que seu objetivo é construir três milhões de casas até 2014.