Despesa eleitoral prevista por Serra é 15% maior que a de Dilma

Em relação a Marina, tucano deve gastar o dobro. Enquanto a campanha de Dilma estabeleceu em R$ 157 mi, campanha de Serra prevê gastar R$ 180 mi

Serra declarou patrimônio de R$ 1,4 milhão (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

São Paulo – A candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República foi registrada nesta segunda-feira (5) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A previsão de despesas tem como limite R$ 157 milhões. O montante é maior que o previsto pelo comitê de Marina Silva, cujo registro no tribunal ocorreu na última semana (R$ 90 milhões).

José Serra (PSDB) estabeleceu como teto gastos de R$ 180 milhões. O presidente da legenda, senador Sérgio Guerra (PE), afirma que o gasto é mais alto para concorrer com o que acusou ser o uso da máquina pública. Seu patrimônio declarado é de R$ 1,421 milhão, similar ao de seu vice, deputado federal Indio Costa (DEM-RJ), cuja soma de bens é de R$ 1,448 milhão.

O PT deve levantar R$ 127 milhões, somados a R$ 30 milhões sob responsabilidade do PMDB. A soma ultrapassa em 80% as despesas empenhadas na campanha pela reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006.

Inicialmente, o TSE divulgou a informação de que a previsão de gastos de Dilma era de R$ 157 milhões. O PT, no entanto, emitiu nota esclarecendo que a Justiça Eleitoral havia considerado o valor correspondente ao PMDB além do total, enquanto o montante já incluía as duas parcelas.

A coligação “Para o Brasil Seguir Mudando” é composta por 10 partidos (PT, PMDB, PDT, PSB, PR, PCdoB, PRB, PTN, PSC e PTC). O vice é o presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP),

Dilma declarou um patrimônio de R$ 1,06 milhão, formado por dois apartamentos em Porto Alegre (RS), um em Belo Horizonte (MG) e um automóvel no valor de R$ 30 mil. Michel Temer declarou patrimônio de R$ 6 milhões.

Marina Silva, revelou possuir um patrimônio de apenas R$ 148 mil. Seu vice, o empresário Guilherme Leal, registrou R$ 1,19 bilhão, dividido em bens como imóveis, terrenos, ações e obras de arte.

Outros nomes

PRTB e o PCO também pediram registro de suas candidaturas. Levy Fidelix, do PRTB, declarou ter um patrimônio de R$ 150 mil à Justiça Eleitoral. O vice de sua chapa é Luiz Eduardo Ayres Duarte, cujo patrimônio declarado é de R$ 220 mil.

Rui Costa Pimenta, do PCO, declarou patrimônio de R$ 80 mil, incluindo um terço de um imóvel em São Paulo avaliado em R$ 80 mil. Seu vice é Edson Dorta Silva.

Do PSTU, José Maria de Almeida protocolou candidatura, tendo como vice Cláudia Alves Durans. A previsão de gastos é de R$ 300 mil. Enquanto José Maria declara R$ 16 mil, Cláudia alega não possuir bens em seu nome.

TSE

O prazo para registro de candidaturas termina às 19h desta segunda-feira. Os documentos passam a um ministro do TSE que concede ou não o registro. Para os demais cargos, são as instâncias regionais que avaliam os nomes.

Para concorrer, é necessário apresentar programa de governo, previsão de despesas na campanha, certidão criminal e declaração de bens, assim como foto para ser usada na urna eletrônica.

Todas as decisões saem até 5 de agosto. Eventuais recursos têm o dia 19 de agosto como prazo para serem julgados. Nesta quinta-feira (8), uma lista preliminar de solicitações de registros será divulgada.

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