Delegados denunciam polícia civil sem equipamentos básicos

São Paulo – Delegados da polícia civil não têm equipamentos básicos para investigação criminal. A denúncia é da presidente da Associação dos Delegados do Estado de São Paulo (ADPESP), Marilda […]

São Paulo – Delegados da polícia civil não têm equipamentos básicos para investigação criminal. A denúncia é da presidente da Associação dos Delegados do Estado de São Paulo (ADPESP), Marilda Pansonato Pinheiro. Em entrevista ao Jornal da Tarde, ela afirma que não há computadores nem acesso à internet em distritos policiais.

“Internet para nós é artigo de luxo. Não temos computadores suficientes, nem impressoras. Em alguns departamentos, o acesso à internet é restrito. Não funciona em qualquer lugar”, afirma Marilda.

Segundo ela, a situação da Polícia Civil é grave e o trabalho é feito de forma precária: “São várias as reclamações de todos os locais do estado. Se muitos de nossos colegas levarem para casa os seus equipamentos particulares, as delegacias fecham”.

Em março, os delegados chegaram a realizar a chamada operação padrão em forma de protesto por reestruturação da polícia civil.

Marilda disse ainda que a Polícia Civil é investigativa e, portanto, precisa dos equipamentos para trabalhar de forma eficiente. Os poucos equipamentos conectados nas delegacias e divisões de polícia, são configurados pela Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp). A empresa é responsável pelo serviço de tecnologia de informação do governo estadual. Para fazer uma simples pesquisa e acessar dados de outros estados, os policiais usam seus equipamentos pessoais e pagam do próprio bolso conexões e provedores particulares, já que o da Prodesp, além de lento, nem sempre está disponível. A Polícia Civil garante que 98% dos municípios paulistas já têm condições de acesso à internet.

Segundo dados da Secretaria de Segurança do estado, a taxa de homicídios na capital cresceu 23% no primeiro trimestre do ano – 398 mortes. No estado, o crescimento foi de 7%, com 1.302 assassinatos.

O ex-governador do estado, José Serra, pré-candidato à presidência da República, declarou, em entrevista à TV Bandeirantes que, caso eleito, criaria um Ministério da Segurança Pública.

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