São Paulo – Pesquisa encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP)  ao Ibope mostra que apenas 9% dos entrevistados querem mudanças no país. Os que defendem continuidade (35%) e poucas alterações de rumo (30%) somam dois terços do total. O cenário eleitoral e de popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva permanecem estáveis mesmo após o anúncio da candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência da República.

A pergunta sobre a atuação do próximo presidente mostrou que apenas 9% querem mudança total no governo e 24% defendem manutenção de apenas alguns programas.

Foram apresentados dois cenários eleitorais. O pré-candidato tucano teria 36% dos votos contra 29% de Dilma Rousseff (PT) considerando-se quatro nomes na disputa. Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva (PV) ficaram em terceiro lugar, empatados, com 8%. Sem Ciro, Serra ganharia quatro pontos (40%), Dilma três (32%) e Marina, um (9%).

No Nordeste, Dilma tem dez pontos de vantagem, ficando com 38% das intenções de voto, contra 28% de Serra. A região responde por 27% do eleitorado. Nas demais áreas, o ex-governador de São Paulo está na frente, com mais vantagem no Sul (43% a 23%).

Na espontânea, Dilma cresceu cinco pontos percentuais. Mesmo sem poder concorrer, Lula aparece com 23%. Serra e Dilma empatam tecnicamente com 10% e 9%, respectivamente.

No levantamento Ibope anterior, de 17 de março, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Serra tinha 35% das intenções, seguido pela pré-candidata do PT com 30%. Ambos oscilaram dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

A comparação é possível, segundo o Diário do Comércio, porque o Ibope usa a mesma base para a pesquisa. Foram ouvidos 2.002 eleitores a partir de 16 anos de idade, em 141 municípios de todo o Brasil.

Para o segundo turno, tampouco foram constatadas alterações para além da margem de erro. Serra teria 46% e Dilma 37%.

Popularidade

A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou em 76%, um ponto percentual a mais do que o último levantamento Ibope. Apenas 5% consideram a gestão atual ruim. Para 75% dos entrevistados, Lula é confiável, enquanto 21% disseram não confiar nele.