Ministério Público pede mais prazo para investigar suposto esquema de corrupção coordenado por Arruda

Brasília – A Procuradoria-Geral da República pediu ao Superior do Tribunal de Justiça (STJ) que amplie em 30 dias o prazo das investigações do esquema de corrupção desmontado pela Polícia […]

Brasília – A Procuradoria-Geral da República pediu ao Superior do Tribunal de Justiça (STJ) que amplie em 30 dias o prazo das investigações do esquema de corrupção desmontado pela Polícia Federal no governo do Distrito Federal (DF) durante a Operação Caixa de Pandora. O inquérito, que corre em sigilo, aponta o envolvimento do ex-governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido), de deputados distritais e de empresários na arrecadação e distribuição de propina.

O pedido para ampliar as investigações envolvendo Arruda e outras pessoas foi feito pela subprocuradora da República Raquel Dodge e deve ser analisado pelo ministro Fernando Gonçalves, relator do inquérito. Segundo ela, há perícias pendentes de conclusão e testemunhas que ainda não foram ouvidas, além de “outras diligências investigatórias essenciais para reunir indícios de materialidade e de autoria das infrações já apontadas, inclusive sobre os documentos e dados eletrônicos apreendidos nas buscas e apreensões realizadas em fevereiro e março de 2010”.

Arruda teve a prisão preventiva decretada pelo ministro Fernando Gonçalves em 11 de fevereiro por tentar interferir nas investigações do esquema de corrupção desarticulado em novembro de 2009. Os advogados do ex-governador – cujo mandato foi cassado na última terça-feira (16) pelo Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) – tentam reverter a situação no STJ, já que os recursos foram negados no Supremo Tribunal Federal (STF).

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defende, no entanto, que o governador permaneça preso até o fim das investigações. No parecer que será encaminhado ao STJ sobre o pedido de revogação da prisão preventiva de Arruda, o procurador deverá reforçar que ainda há provas a serem colhidas em diligências ainda em andamento. “A Procuradoria-Geral da República está correndo ao máximo para concluir as investigações, para que seja a primeira a requerer a soltura do governador. Mas, por enquanto, há provas a serem colhidas”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil