Desafio do MST é triunfar a agricultura familiar, diz Stédile

João Pedro Stédile com a camisa do seu clube de coração, o Corinthians, no Fórum Social Mundial em Porto Alegre (Foto: Divulgação) Porto Alegre – Entrevistado pela Rádio Brasil Atual […]

João Pedro Stédile com a camisa do seu clube de coração, o Corinthians, no Fórum Social Mundial em Porto Alegre (Foto: Divulgação)

Porto Alegre – Entrevistado pela Rádio Brasil Atual durante o Fórum Social Mundial, o coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), João Pedro Stédile, disse que o sucesso da reforma agrária no Brasil passou a ter um componente a mais desde a década de 1990, quando a globalização econômica transformou grande parte da agricultura do país em centro de produção do agronegócio.

“Antes, o problema era o latifúndio, agora são as grandes indústrias. O país virou um grande consumidor de agrotóxicos, deixou de privilegiar as sementes nacionais e passou a promover ainda mais desemprego no campo.”

Segundo o ativista, o trabalho do MST teve de ser reformulado para fazer frente ao poder econômico que tenta se implantar na zona rural do país. “O movimento está sendo desafiado a fazer triunfar a agricultura familiar sobre o agronegócio, não basta mais apenas invadir terras considerada improdutivas”.

Durante a conversa com o jornalista Osvaldo Luiz Colibri Vitta, na manhã da sexta-feira (29), Stédile falou também sobre a organização do Estado e o papel do sistema financeiro, entre outros assuntos.