Aos pedidos de “Fora Arruda”, cerca de 100 pessoas ocuparam nesta quarta-feira (2) o plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Além do governador José Roberto Arruda (DEM), os manifestantes também protestam contra os deputados distritais da base aliada acusados de envolvimento no suposto esquema de pagamento regular de propina em troca de apoio político.

Eles queriam pressionar o Legislativo distrital a apurar as denúncias e prometiam permanecer no local por tempo indeterminado. Apenas às 18h30 eles aceitaram deixar o local.

Os deputados da oposição argumentaram que era necessário permitir os trabalhos da Câmara, pelo menos para garantir a leitura dos requerimentos protocolados que pedem abertura de processo de investigação contra o governador José Roberto Arruda e outros integrantes do governo.

Nesta quarta-feira dois partidos (PT e PSOL), além de movimentos sociais – incluindo centrais sindicais – protocolaram pedidos de impeachment do governador, somando-se aos da Ordem dos Ministros Evangélicos do Gama – cidade satélite de Brasília – e de dois cidadãos, que já haviam apresentado pedidos semelhantes na terça-feira.

Após a leitura, os pedidos devem ser publicados no Diário da Câmara Legislativa para dar início ao trâmite previsto no regimento.

Durante a tarde, os manifestantes subiram em mesas e ocuparam as cadeiras dos deputados distritais. Segurando um caixão, os manifestantes também gritavam outras palavras de ordem, como “O Arruda vai cair, vai cair o Arruda” e  “Arruda para a Papuda”, que é um presídio do Distrito Federal.

Outra referência lembrada foi a justificativa dada pelo governador para as imagens gravadas pela Polícia Federal: “Arruda, cadê meu panetone?”

Uma porta de vidro foi quebrada durante a manifestação, que iniciou por volta das 14h30. De acordo com a Agência Brasil, um funcionário da Casa saiu ferido.

Com informações da Agência Brasil e Reuters