Líder do governo que aparece em vídeo guardando dinheiro na bolsa desconversa sobre cassação de Arruda
Brasília – Protagonista de um vídeo em que aparece guardando dinheiro em uma bolsa, a líder do governo José Roberto Arruda na Câmara Legislativa do Distrito Federal – o equivalente […]
Publicado 14/12/2009 - 16h21
Brasília – Protagonista de um vídeo em que aparece guardando dinheiro em uma bolsa, a líder do governo José Roberto Arruda na Câmara Legislativa do Distrito Federal – o equivalente às Assembléias Legislativas estaduais -, a deputada distrital Eurides Brito (PMDB) disse nesta segunda-feira (14) que irá se defender das acusações de que receberia dinheiro para apoiar o Executivo local.
>> Liderança do PT entra com representação contra PM do DF
>> Oposição vê saída de Arruda do DEM como manobra
>> Denúncias de corrupção no DF não comprometem aliança DEM-PSDB, diz Alckmin
>> Sem intervenção do TSE, Arruda pede desfiliação
“Pessoalmente, sou a favor de que quando se tem uma dúvida se investigue. Agora, nem todas as pessoas têm moral para pedir abertura de processos. Que venha três, que venham dez [processos] porque eu vou responder a todos”, disse Eurides, pouco antes do início da sessão extraordinária marcada para esta tarde.
Alegando estar sofrendo por não poder “abrir a boca”, Eurides disse estar ansiosa para “dizer tudo o que tenho a dizer” e que só não o faz por causa das orientações que recebeu de seu advogado. “Ele me recomendou a não falar nada. É uma questão de ética com a Justiça, mas estou ansiosa para dizer tudo que tenho a dizer”.
Eurides é um dos três deputados alvo das investigações da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF), que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pede que sejam cassados. Os outros dois são o ex-presidente da Casa, Leonardo Prudente (DEM) e Júnior Brunelli (PSC). Além de aparecerem recebendo dinheiro, os dois distritais também foram gravados orando pelo ex-secretário de Relações Institucionais.
Além da abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra os três, a OAB também pede que outros cinco deputados distritais suspeitos de integrar o esquema sejam impedidos de votar no processo de impeachment de Arruda.
“Vocês vão conhecer a cada momento o que eu farei. Quando tiver meu nome envolvido, eu não estarei presente, mas minha consciência é que vai dizer a cada momento o que devo fazer”, afirmou Eurides quando questionada se sentia-se a vontade para decidir o futuro político do governador.
Fonte: Agência Brasil