Três comissões do pré-sal votam pareceres dos relatores nesta quarta
Os relatórios de três das quatro comissões especiais criadas para analisar projetos sobre a exploração de petróleo na camada pré-sal devem ser votados nesta quarta-feira (4). Entenda o que está […]
Publicado 04/11/2009 - 10h54
Os relatórios de três das quatro comissões especiais criadas para analisar projetos sobre a exploração de petróleo na camada pré-sal devem ser votados nesta quarta-feira (4).
Entenda o que está em debate:
Fundo Social
Ao meio-dia, no plenário 11, a comissão discute alterações feitas no parecer pelo relator, deputado Antonio Palocci (PT-SP). Ele vai se pronunciar sobre as emendas apresentadas por parlamentares nesta terça-feira durante a discussão do seu relatório, que incluiu as áreas de saúde e desenvolvimento regional entre os setores a serem beneficiados pelo Fundo. Palocci também substituiu entre as áreas que vão receber recursos o termo “sustentabilidade ambiental” por “mitigação e adaptação a mudanças climáticas”.
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Também serão beneficiados com recursos do fundo as áreas de educação, cultura, ciência e tecnologia, desenvolvimento social e o combate à pobreza.
Capitalização da Petrobras
A comissão se reúne às 14 horas, no plenário 10, para votar o parecer do relator, deputado João Maia (PR-RN).
Considerado o mais polêmico entre as quatro propostas que tratam da legislação do pré-sal, o projeto reforça o caixa da Petrobras com títulos públicos e cede à estatal, sem licitação, áreas contíguas aos blocos operados pela empresa.
Em seu parecer, apresentado na semana passada, o relator proíbe a subscrição de novas cotas da Petrobras por meio de saques das contas do FGTS. Segundo o texto de João Maia, os trabalhadores que já são cotistas poderão participar do aumento de capital da empresa apenas com recursos próprios.
Petro-Sal
A comissão se reúne às 14h30, no plenário 8, para votar o parecer do relator, deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG). Faria é favorável à criação da Petro-Sal por entender que a exploração no pré-sal deve ser gerida por uma empresa 100% estatal, o que não é o caso da Petrobras.
Segundo o relatório, a nova empresa deverá ter uma “estrutura enxuta” e abrigar “entre 100 e 120 funcionários”. Já as decisões da diretoria executiva deverão ser por maioria absoluta de três quintos dos integrantes, e a empresa deverá divulgar relatório de seu balanço fiscal anualmente pela internet. O relator avalia que não haverá divergências quanto à necessidade de criação da empresa.
Para quinta
O debate sobre o relatório da comissão que discute a partilha de royalties e participação especial deve ocorrer apenas na próxima semana. Adiada inicialmente para esta quinta-feira (5), a nova postergação foi anunciada por Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da comissão especial em virtude de pedidos de 10 dos 18 parlamentares que a integram. Isso porque ainda há divergências sobre a distribuição.
Além de definir o marco legal do pré-sal, o relatório de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) elevou de 10% para 15% a alíquota dos royalties pagos pela exploração do petróleo.
Ele também alterou os índices de distribuição desses recursos, privilegiando todos os estados e municípios da federação, que passariam a ficar com 44% dos royalties, em dos 7,5% que recebem hoje.
Essa mudança foi muito criticada pelos parlamentares dos estados produtores de petróleo, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, que podem ver suas fatias reduzidas dos atuais 22,5% para 18%.