‘Marina Silva não representa o projeto de Lula’, diz Dilma

Na foto, Dilma durante entrevista apresentação do 8º Balanço do PAC (Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil) Salvador – Em um primeiro embate com a senadora Marina Silva (PV-AC), sua provável adversária […]

Na foto, Dilma durante entrevista apresentação do 8º Balanço do PAC (Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)

Salvador – Em um primeiro embate com a senadora Marina Silva (PV-AC), sua provável adversária na sucessão presidencial de 2010, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil, PT) disse nesta sexta-feira (9) que a ex-ministra do Meio Ambiente não representa o projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Ela tem um projeto alternativo que não podemos desconsiderar, que merece o nosso respeito. Mas é preciso deixar claro que a ex-ministra não representa o projeto do presidente Lula”, afirmou Dilma Rousseff a jornalistas, após participar de missa na mais famosa igreja da Bahia, a de Nosso Senhor do Bonfim.

Vestida de branco, como manda a tradição, Dilma Rousseff chegou à igreja às 7h15. Antes de subir as escadarias do templo, tomou um “banho de axé” –folhas de aroeira e pingos de água foram jogados em seu corpo.

Em seguida, ganhou dez fitinhas do Senhor do Bonfim (todas na cor branca). Ao lado do governador Jaques Wagner (PT), a ministra permaneceu durante toda a cerimônia ao lado do altar.

Ela cantou parte do hino em homenagem ao Senhor do Bonfim e comungou. Poucos minutos depois do início, o padre Edson Menezes pediu uma “saudação especial pela saúde” da ministra, quando os cerca de 500 fiéis que lotaram as dependências do templo bateram palmas.

Há quase três semanas, Dilma foi considerada livre de qualquer evidência de câncer pelos médicos responsáveis por seu tratamento.

No final da cerimônia, quando deixava as dependências da igreja, a ministra se aproximou de uma criança, Rian Santos, de um ano de oito meses, e pediu um beijo. A criança, que estava no colo da mãe, respondeu: “Não”. Mesmo assim, a ministra teve jogo de cintura para contornar a situação e beijou a criança.

Do lado de fora da igreja, a ministra colocou uma fitinha no pulso e elogiou a religiosidade do baiano. “Quem chega à igreja do Bonfim entende perfeitamente os motivos de os baianos serem tão religiosos. Aqui (na igreja), sinto o coração, a alma e a imensa generosidade dos baianos.”

A pré-candidata tem se aproximado de religiosos. Na segunda-feira, esteve em culto da Assembléia de Deus em São Paulo e há cerca de um mês participou de evento em Brasília que contou com a participação de representantes das principais igrejas evangélicas do país. Em março, esteve na missa do padre Marcelo, membro da Renovação Carismática Católica.

Dilma Rousseff, que cumpre agenda na Bahia desde quinta-feira à noite e durante toda a sexta-feira, admitiu, ainda nas escadarias da igreja, que haverá uma polarização entre o PT e o PSDB na campanha do ano que vem à Presidência da República.

“Queremos confrontar o que aconteceu após 2003 (quando o presidente Lula chegou ao poder pela primeira vez) e como era o Brasil antes. A polarização é inevitável”, declarou.