A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul instalou nesta terça-feira (29) Comissão Especial que avalia o pedido de impeachment de Yeda Crusius (PSDB). A base de apoio da governadora ficou com a presidência e a relatoria.

O deputado Pedro Westphalen (PP), líder do governo, comanda os trabalhos e a relatora será a deputada Zilá Breitenbach (PSDB), líder da bancada tucana. A oposição apresentou as candidaturas do deputado Raul Pont (PT) para presidente e do deputado Gilmar Sossella (PDT), para relator. Por 17 votos a 11 para presidente e 17 votos a 10 para relator, foram definidos os nomes.

O presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), informou ter solicitado à juíza federal de Santa Maria (RS), Simone Barbisan Fortes, a forma como deveria proceder diante da possibilidade de a relatora solicitar cópia dos autos de Ação de Improbidade Administrativa contra a governadora e outros oito agentes públicos.

Pavan disse que a juíza colocou o processo à disposição da relatoria e dos demais parlamentares da comissão, com a transferência do respectivo sigilo. “Gostaria muito que os parlamentares tomassem esta orientação, que analisem o mérito e não façam um simples debate entre oposição e governo, pois não acredito que seja esta a expectativa que a sociedade tem em relação a este trabalho”, declarou.

Westphalen informou que pretende usar os documentos do processo e que vai definir os próximos passos para dar celeridade aos trabalhos e para que o relatório produzido seja votado no tempo previsto. 

“Temos que demonstrar que realizamos um trabalho com a responsabilidade”, destacou a relatora Zilá. Ela disse não ver problemas para exercer a função sendo do mesmo partido da governadora. Mas adiantou que acredita na inocência da governadora. “Não vi, ainda, nenhuma fundamentação para condenação da governadora no material que já li, mas vou aprofundar os estudos com responsabilidade e tranquilidade”, disse.