Sindicalistas são indiciadas por protesto no RS

Manifestação contra Yeda Crucius resulta em inquérito aberto por delegada contra sindicato dos professores do estado

Duas sindicalistas e uma vereadora foram indiciadas pela 14ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre por protestos de 16 de julho em frente à casa da da governadora Yeda Crusius (PSDB-RS). A delegada Silvia Cocaro indiciou Rejane de Oliveira e Neida de Oliveira, presidente e vice do Sindicato dos Professores do Estado do Rio grande do Sul (CPERS), além da vereadora Fernadno Melchionna (PSOL). O inquérito segue para o Ministério Público que pode apresentar ou não a denúncia.

Rejane afirma que já esperava a decisão por causa do comportamento da governadora que tem “tentado calar” os movimentos sociais. “O governo tem se mostrado assim desde o começo da gestão”, sustenta. “Estamos tranquilos, fizemos uma manifestação pacifica e ordeira, só falamos coisas que já eram de conhecimento público”, pondera.

“Não vamos descansar até o impeachment da governadora”, afirma. “A governadora quer intimidar os professores, ela sabe que está enfrentando uma categoria forte e corajosa que não se intimida e luta por um ensino de qualidade.

A delegada afirmou ter se baseado na análise de imagens de TV e fotografias, mais os depoimentos de Yeda e de sua filha. A ação da Brigada Militar para conter os servidores públicos naquele dia foi defendida pela. Os manifestantes que acusam policiais de agressão farão o reconhecimento por meio de imagens de TV e fotos. Depois de ouvir os PMs serão ouvidos. 

Afastamento

Rejane comentou ainda a decisão judicial que negou o pedido do Ministério Público Federal de afastamento de Yeda Crucius do cargo. “Depois de discutidas as provas e frente a todos os elementos colocados, temos certeza de que a juíza vai afastar a governadora”, declarou.