MPF pede afastamento de Yeda e de outros oito envolvidos no caso Rodin

Baseada em gravações telefônicas, denúncia oferecida aumenta pressão sobre a governadora do Rio Grande do Sul

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) e outras oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal nesta quarta-feira (5) por improbidade administrativa envolvidas na fraude da Operação Rodin. Na ação enviada à juíza federal de Santa Maria Simone Barbisan Fortes há o pedido de afastamento temporário de Yeda e o sequestro dos bens dos acusados.

Uma manifestação foi organizada por movimentos sociais e sindicais para pedir a saída da governadora e a instalação de CPI na Assembleia Legislativa para investigar denúncias de corrupção no Detran e outras irregularidades. Yeda estaria em Canela (RS), cidade serrana onde passou férias. Embora a agenda oficial do palácio Piratini, sede do governo, não mencionasse nova saída da capital, o jornal Zero Hora noticiou que a viagem na terça-feira (4).

Na ação, construída com base em mais de 20 mil ligações telefônicas gravadas, estão também José Otávio Germano (deputado federal, PP), João Luiz dos Santos Vargas (presidente do Tribunal de Contas do Estado), Luiz Fernando Salvadori Zachia (deputado estadual, PMDB), Frederico Cantori Antunes (deputado estadual, PP), Delson Luiz Martini (ex-secretário-geral de governo), Walna Vilarins Menezes (assessora), Rubens Salvador Bordini (tesoureiro da campanha do PSDB ao governo do Estado em 2006), Carlos Augusto Crusius (marido da governadora).

Se condenados, os procuradores do MPF pedem a perda do cargo e da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, ressarcimento integral e pagamento de multa.

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