SP: crescem demissões depois de restrição a fretados

Sindicalista teme paralisia no turismo de São Paulo e aumento de demissões no setor

Com menos de duas semanas de funcionamento, a restrição aos fretados em São Paulo já causou danos aos empregos no setor, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Fretamento e Turismo da Grande São Paulo (Sindifretur). “Na última semana, tivemos uma alta considerável. De dez demissões por dia, passamos a 17”, revelou Joel Andrade dos Santos, presidente do Sindifretur, em entrevista à Rede Brasil Atual.

De acordo com Santos, empresários do setor alegam que estão demitindo devido à restrição aos fretados em São Paulo, mas que poderão recontratar se os veículos de fretamento voltarem a circular. “Essa portaria engessa a vida das pessoas. Como se explica impedir o traslado de um fretado do aeroporto para o hotel”, considerou.

Para o dirigente sindical, “é óbvio que uma pessoa que vem a São Paulo a passeio não vai pegar ônibus de linha para ir a um museu ou parque, por isso os fretados são essenciais”.

Santos teme que “a restrição aos fretados paralise o turismo em São Paulo”.

Pressão nas ruas

Segundo o dirigente do Sindifretur, manifestações devem parar a cidade na próxima semana. “Há uma movimentação de usuários de fretados, combinando para vir a São Paulo de carro e mostrar o caos que é tirar o fretamento das ruas”.

O objetivo das manifestações será “pressionar os vereadores para agilizarem alterações e tornarem o trânsito de fretados viável”, afirmou o sindicalista.

Prefeitura de SP entrega às pressas projeto de lei sobre fretado

A prefeitura de São Paulo entregou na noite de quarta-feira (6), o projeto de lei sobre a restrição de fretados que será analisado na Câmara Municipal. De acordo com nota da Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo (SMT), o PL foi entregue às 20h ao Presidente da Casa Legislativa, vereador Antonio Carlos Rodrigues.

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