‘Prometi à imprensa que protocolaria’, diz Jackson Barreto
O peemedebista apresentou a PEC do terceiro mandato na tarde desta quinta. Antes falou à Rede Brasil Atual: 'Não sei por que as pessoas não externam publicamente o que está na cabeça e no coração'
Publicado 28/05/2009 - 14h58
Enquanto almoçava em Brasília o deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) falou com exclusividade à Rede Brasil Atual há poucas horas de protocolar no Câmara dos Deputados a proposta de emenda à Constituição (PEC) que permitiria o terceiro mandado dos atuais titulares do poder Executivo. Nas últimas semanas, o projeto gerou reações contrárias de líderes partidários e cientistas políticos.
O próprio presidente da República negou que tenha um terceiro mandato em mente. Dias antes, Barreto afirmou à Rede Brasil Atual que adiaria para depois de maio a iniciativa, mas mudou de ideia: “Fiz uma avaliação pessoal e também prometi a imprensa que protocolaria no final de maio e agora é final de maio”, disse.
O peemedebista conseguiu mais assinaturas para a proposta, ao todo 192. E afirmou não considerar sua batalha solitária: “Não é tão solitária não, nos corredores da Câmara e do plenário os buchichos e a satisfação da base alidade é muito grande. Não sei porque as pessoas não externam publicamente o que está na cabeça e no coração. Alguns dizem até assim: ‘amigo, você teve a coragem de declarar a vontade que é de muita gente.'”
Leia trechos da entrevista:
RBA – O senhor vai protocolar hoje a PEC do terceiro mandato?
Sim. Fiz uma avaliação pessoal e também prometi a imprensa que protocolaria no final de maio e agora é final de maio.
RBA – O senhor considera que está travando uma batalha solitária?
Não é tão solitária, não. Nos corredores da Câmara e do plenário, os bochinchos e a satisfação da base aliada é muito grande. Não sei porque as pessoas não externam publicamente o que está na cabeça e no coração. Alguns dizem até assim: “amigo, você teve a coragem de declarar a vontade que é de muita gente.”
RBA – O senhor acha que vai ser aprovada?
Tudo agora vai depender do momento político. Emenda constitucional entra em vigor na hora que aprovar.
RBA – Mas o momento político é propício?
Acho que esse debate vai favorecer a PEC, vai favorecer o projeto da base aliada e vai favorecer até as contradições do PMDB.