Em Washington

Lula: Estados Unidos vão participar do Fundo Amazônia

Nos jardins da Casa Branca, presidente também reafirmou a necessidade de acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia. “É preciso parar de atirar, senão não tem solução”

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Lula defendeu conversas para estabelecer a paz entre Rússia e Ucrânia, e disse que Biden tem "a mesma preocupação"

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se comprometeu a participar do Fundo Amazônia. O líder brasileiro disse que defendeu a necessidade dos países ricos financiarem a preservação das florestas nos países em desenvolvimento. “Todo mundo sabe que o planeta é redondo, que ele gira. E, portanto, ninguém escapa da destruição que a gente fizer no planeta”, afirmou Lula nos jardins da Casa Branca, em Washington, nesta sexta-feira (10).

Após encontro com Biden, Lula deu uma breve entrevista. Além da questão climática, ele afirmou que é preciso buscar uma solução para acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Além disso, sinalizou que pretende visitar três países africanos nos próximos meses: Angola, África do Sul e Moçambique.

Ele afirmou que a participação dos Estados Unidos na proteção das florestas equatoriais em diversos países é uma “necessidade”. Para o Brasil, voltou a dizer que não pretende transformar a Amazônia num “santuário”, mas busca desenvolver a região, de maneira sustentável e em cooperação com outros países.

Sobre o conflito russo-ucraniano, Lula afirmou disse que é preciso colocar fim a guerra. E que sentiu de Biden a “mesma preocupação”. “Ninguém quer que essa guerra continue. Então, é preciso que tenham parceiros capazes de construir um grupo de negociadores que os dois lados acreditem, que os dois lados possam compreender, e terminar essa guerra. A primeira coisa é terminar a guerra. Depois é negociar o que vai acontecer no futuro. Mas é preciso parar de atirar, senão não tem solução”.

Sobre sua viagem aos países africanos, Lula afirmou que o Brasil deve muito da sua cultura ao continente. “É uma dívida que não pode ser paga em dinheiro, mas com trocas em ciência e tecnologia, em ajuda que o Brasil pode dar, do ponto de vista do desenvolvimento, em várias áreas. É uma obrigação histórica e humanitária do Brasil manter uma belíssima relação com o continente africano.

Por fim, questionado por um jornalista norte-americano se “honraria seu compromisso” de não legalizar o aborto no Brasil, Lula afirmou que essa é uma questão que cabe ao Congresso Nacional, e não à presidência da República.


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