tensão aumenta

Moscou denuncia plano da Ucrânia de atacar Rússia com foguetes dos EUA

Norte-americano Joe Biden anunciou o novo pacote de US$ 700 milhões em ajuda militar à Ucrânia com sistema avançado de mísseis

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Soldado russo na região de Kherson, sul da Ucrânia, totalmente dominada por Moscou

São Paulo – O governo da Rússia afirmou nesta quarta-feira (1º) que a Ucrânia tem planos de atacar o país usando sistemas de foguetes fornecidos pelos Estados Unidos fornecer a Kiev. Segundo o Ministério da Defesa russo, o ataque com o sistema Himars partirá da cidade de Shostka, região de Sumy (nordeste ucraniano). O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu o novo pacote de US$ 700 milhões em ajuda militar à Ucrânia, com o sistema avançado de mísseis, que tem alcance de 80 quilômetros, entre outros equipamentos.

O norte-americano afirmou que as armas são “para (Kiev) defender seu território dos avanços russos”. Em artigo assinado e publicado ontem no The New York Times, Biden escreveu que “o objetivo da América é simples: queremos ver uma Ucrânia democrática, independente, soberana e próspera com os meios para dissuadir e se defender contra novas agressões”.

É a velha ladainha do “mundo livre” segundo a lógica norte-americana. A Rússia tem insistido que o interesse dos EUA é que a guerra se prolongue indefinidamente. Como líder, Biden até o momento não fez sequer um gesto de procura pela paz.

Em resposta, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que a iniciativa de Washington “supera todos os limites de decência e comunicação diplomática”. Ele acrescentou que há riscos de outros países se envolverem no conflito.  

O porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov, enfatizou que “os EUA estão acrescentando lenha na fogueira metódica e diligentemente. Está claro que os EUA mantêm realmente a linha de lutar contra a Rússia até o último ucraniano”. Segundo ele, o fornecimento de armas não contribui para haver vontade ucraniana de retomar as negociações de paz.

“Histeria e à agonia”

De maneira enigmática, o chanceler Lavrov alertou: “Direi francamente que na União Europeia, especialmente na sua parte norte, há políticos que estão dispostos a ir a esta loucura para satisfazer as suas ambições, mas os países sérios da União Europeia União, é claro, eles estão bem cientes da inaceitabilidade de tais cenários.”

Por meio da chancelaria russa, Lavrov sublinhou, na terça-feira (31), que o Ocidente “lançou sanções anti-russas comparáveis ​​à histeria e à agonia”. “Não se importa com o destino da Ucrânia e usa o país como ferramenta para frear o desenvolvimento da Rússia. Mas não permitimos que os Estados Unidos estabeleçam um mundo unipolar”.

A guerra entre Rússia e Ucrânia continua sem perspectiva de chegar ao fim. A ofensiva militar de sobre a Ucrânia, segundo o chefe do Comitê de Defesa do parlamento russo, a Duma, Andrey Kartapolov, terminará “quando Kiev estiver pronta a negociar”. A última rodada de negociações foi realizada em 29 de março em Istambul, na Turquia. Na segunda-feira (30), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propôs nova rodada de conversas na capital turca. A guerra completa cem dias na próxima sexta-feira (3).

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