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Moscou aponta contradições entre Biden e o Pentágono sobre ‘massacre’ de Bucha

Enquanto Biden acusa a Rússia de “crime de guerra”, Pentágono afirma que não pode confirmar versão de maneira independente

Sputnik / Aleksei Mayshev
Sputnik / Aleksei Mayshev
Kremlin afirma que provocações ocidentais têm o objetivo de denegrir a Rússia

São Paulo – O porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov, afrimou que o presidente norte-americano, Joe Biden, e o Pentágono se contradizem sobre as acusações de que Moscou promoveu um massacre na cidade de Bucha, na Ucrânia. “Prestem atenção às constantes contradições dos americanos”, disse Peskov, nesta terça-feira (5). Enquanto Biden acusa a Rússia e o presidente Vladimir Putin de “crime de guerra”, o Pentágono declara que não pode chegar a uma  conclusão por falta de evidências. “Apenas constatamos os fatos”, afirmou o porta-voz russo, em relato do Sputnik Brasil.

Segundo a Reuters, um “alto funcionário” da defesa dos Estados Unidos afirmou que seus militares não podem confirmar de forma independente a veracidade dos relatos ucranianos. A citada autoridade afirmou ainda que, por outro lado, não tem motivos para contestar os relatos.

“Estamos vendo as mesmas imagens que você. Não temos nenhuma razão para refutar as alegações ucranianas sobre essas atrocidades – profundamente preocupantes”, disse o funcionário. Porém, falando sob condição de anonimato, de acordo com a Reuters, ponderou: “O Pentágono não pode confirmar isso independentemente e sozinho”.

Encenação “monstruosa”

Peskov afirmou que o objetivo das provocações em Bucha é manchar a imagem da Rússia e que teria havido uma encenação “monstruosa” e “bem dirigida”. Segundo os russos, em 31 de março o prefeito de Bucha, Anatoly Fedoruk, confirmou em discurso de vídeo que não havia mais nenhum militar russo na cidade e não mencionou moradores locais fuzilados nas ruas.

As alegadas “provas de crimes” no local surgiram no quarto dia, “quando chegaram à cidade agentes do serviço de inteligência da Ucrânia e representantes da televisão ucraniana”, pontuou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

“Ações terroristas”

A mídia russa afirma que forças ucranianas em retirada teriam supostamente explodido um tanque de ácido clorídrico, em uma fábrica de produtos químicos na cidade de Rubezhnoe, na República Popular de Luhansk (RPL), no leste da Ucrânia, região autodeclarada independente e reconhecida por Moscou. “(Essas) ações terroristas podem levar a vítimas civis em massa”, alertaram as forças combatentes da RPL em seu canal Telegram.

As autoridades estariam coletando informações sobre quaisquer vítimas resultantes do incidente, segundo o site RT. A RPL acusou a mídia ucraniana de “divulgar ativamente falsificações”. Afirmou ainda que os próprios combatentes do Donbass explodiram o tanque, para disfarçar “as ações terroristas criminosas” de suas próprias forças.

China

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou ao colega ucraniano, Dmytro Kuleba, que seu país continuará trabalhando pelo diálogo e pela paz. Yi disse a Kuleba que “a China não tem interesse geopolítico na crise ucraniana nem assistirá de longe sem fazer nada. Mas também não adicionará combustível ao fogo. Tudo o que queremos é paz”. O relato é da correspondente da rede TeleSur na China, Iramsy Peraza.


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