Eleição presidencial

Ex-diretor do Banco Mundial é eleito presidente na Costa Rica

Surpresa eleitoral, Rodrigo Chaves derrota José María Figueres em votação de segundo turno

Reprodução / Y.Tube
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Chaves havia ficado em segundo lugar no primeiro turno e as pesquisas de intenção de voto não o colocavam como favorito

Brasil de Fato – O economista e ex-ministro da Fazenda Rodrigo Chaves, do Partido Progresso Social Democrático, é o novo presidente da Costa Rica. Ele bateu José María Figueres, do Partido Liberação Nacional, na votação do segundo turno das eleições presidenciais, ocorridas no último domingo (3). 

Chaves havia ficado em segundo lugar no primeiro turno e as pesquisas de intenção de voto não o colocavam como favorito para o pleito.

Com 98,15% das urnas apuradas, Chaves conseguiu 52,8% dos votos contra 47,15% de Figueres. O índice de abstenção da eleição foi de 43,2% e foram registrados 1,92 milhão de votos válidos, afirmam as autoridades eleitorais do país da América Central.

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Em seu discurso de vitória, Chaves prometeu “mudanças” na forma de governar o país e disse que buscará um mandato com “transparência, eficiência e austeridade, mas também com solidariedade para com as pessoas mais vulneráveis ​​do nosso país”.

Com 19 cadeiras em 57 possíveis, o Partido Liberação Nacional, do derrotado Figueres, terá a maior bancada no Congresso. A segunda força no Legislativo será o partido do novo presidente, com 10 deputados eleitos. Esta foi a primeira eleição do Partido Progresso Social Democrático e também de seu líder, Rodrigo Chaves.

Ministro da Fazenda em 2019 e 2020, Chaves deixou o cargo no governo em maio daquele ano por discordâncias “irreconciliáveis” com o atual chefe de Estado, Carlos Alvarado Quesada. Antes, entre 2008 e 2013, exerceu a função de diretor do Banco Mundial, de onde saiu por denúncias de abuso sexual.

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O atual presidente deixa o cargo com reprovação de 72% entre a população, de acordo um estudo do Centro de Investigação e Estudos Políticos realizado em novembro. 

Figueres, que era apontado como favorito, perde para Chaves como cabeça de um partido de centro-esquerda. Ele já havia ocupado o cargo entre 1994 – 1998.  

* Com informações de Telesur e La Nación