Guerra na Europa

China diz que EUA usam sanções contra Rússia para manter ‘posição hegemônica’ e ter ‘ganhos ilegais’

No “teatro de operações”, a batalha por Mariupol, a cidade estratégica que faz fronteira com a Crimeia ao Sul da Ucrânia, continua intensa

Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia
Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia
Segundo o Ministério da Defesa russo, mísseis Kalibr eliminaram hangar da divisão de S-300, sistema de defesa enviado a Kiev da Europa

São Paulo – Nesta segunda-feira (11), a China – por meio de seu Ministério das Relações Exteriores – criticou a postura dos EUA em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia na Europa. “A escalada de sanções não está ajudando a aliviar a situação, mas está apenas criando novos problemas para o mundo em meio à epidemia”, disse o porta-voz do mistério, Zhao Lijian, em entrevista coletiva. 

Zhao disse que Washington deve promover a paz com medidas práticas, e não usar sanções para preservar sua “posição hegemônica” e obter “ganhos ilegais”. O porta-voz reiterou a posição de Pequim: o conflito entre Kiev e Moscou deve ser resolvido por meio do diálogo. “Encorajamos ambos os lados a manter as negociações e lutar pela paz”, disse. Segundo ele, a China se propõe a desempenhar um papel construtivo no processo.

O site russo RT, aliado ao Kremlin, observa que, “desde o início da ofensiva de Moscou na Ucrânia, Pequim se recusa a condenar a operação militar russa ou a impor sanções ao país, apesar da pressão dos EUA e seus aliados”. No início de abril, Zhao Lijian classificou os EUA como “o (país) culpado e o principal instigador da crise na Ucrânia”, devido ao seu “esforço obstinado para expandir a Otan em direção à fronteira russa, que é vista como uma ameaça à segurança nacional por Moscou”.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que a “operação especial” na Ucrânia é para acabar com o caminho dos EUA para “dominar o mundo”. “Nossa operação militar especial se destina a acabar completamente com a expansão irresponsável para obter a dominação total dos EUA e outros países ocidentais no palco internacional”, disse. Segundo ele, os norte-americanos cometem “grosseiras violações do direito internacional”.

Campo de batalha

No “teatro de operações”, o sistema de defesa antiaérea russo abateu dois caças Su-25 da Ucrânia, segundo Moscou. A aviação tática-operacional do país informou ter destruído 78 alvos militares ucranianos nas últimas 24 horas.

Ainda segundo o Ministério da Defesa russo, na região de Dnepropetrovsk, mísseis Kalibr eliminaram um hangar técnico secreto da divisão de S-300, enviada a Kiev da Europa, defesa de mísseis terra-ar projetado pela própria Rússia. Até 25 militares das Forças Armadas ucranianas morreram no ataque, de acordo com a versão.

Mariupol

A batalha por Mariupol, a cidade estratégica que faz fronteira com a Crimeia ao Sul da Ucrânia, continua intensa. O porto da localidade passou ao controle das forças da República Popular de Donetsk (RPD), aliadas da Rússia, segundo as forças desse grupo.

“As áreas residenciais de Mariupol foram quase completamente libertadas dos militantes ucranianos”, disse o site Sputnik. As áreas residenciais de Mariupol foram quase completamente libertadas dos militantes ucranianos, de acordo com Eduard Basurin, líder da RPD, a autodeclarada república aliada do Kremlin.

No entanto, segundo ele, franco-atiradores ucranianos abrem fogo contra civis na cidade e forças de Kiev explodiram barragem na região de Donetsk, no Donbass, causando inundações de casas. Focos de resistência dos ucranianos permanecem apenas no território das fábricas de Mariupol, diz Basurin.

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