Jogo de cena

Ucrânia se diz ‘pronta’ para diálogo, mas exige cessar-fogo e saída dos russos primeiro

Nesta quarta, Moscou acusou a Ucrânia de bloquear “operação detalhada e bem pensada para abrir corredores humanitários”

Sputnik/ Public domain/Dima Sergiyenko
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Caças vulneráveis: 90% dos aeródromos militares ucranianos foram “desativados”, diz Rússia

São Paulo – O gabinete da presidência da Ucrânia disse nesta quarta-feira (9) que Kiev está disposta ao diálogo e a discutir a neutralidade do país, caso tenha garantias da Rússia de que estará em segurança. O presidente Volodymyr,Zelensky “está pronto para um diálogo direto com Putin”, disse o subchefe do gabinete, Igor Zhovkva em entrevista à agência Bloomberg. Zelensky e seu estafe acenam para o diálogo como forma de expor uma imagem de disposição ao Ocidente.

O assessor, porém, ressalvou que a Ucrânia também quer garantias de segurança “dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Alemanha” e aliados. “Apenas garantias de segurança da Rússia não serão suficientes”. Segundo Zhovkva, as condições preliminares para a abertura de diálogo com o presidente russo seria um cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas da Ucrânia. As informações são do site russo Sputnik.

Hoje, o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, afirmou que seu país está ajudando a Ucrânia até com armamentos. No entanto, impôs limites: “É verdade que temos que considerar com muito cuidado o que fazemos concretamente, Mas definitivamente os aviões de guerra não fazem parte disso”, disse em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.

O plano de transferir caças poloneses para a Ucrânia está parado. Os Estados Unidos aparentemente refutam a proposta da Polônia de enviar seus MiG-29 para uma base americana na Alemanha, de onde iriam depois para a Ucrânia. Desse modo, EUA e a Otan estariam se envolvendo diretamente na guerra. Apesar disso, Washington mantém quatro bombardeiros estratégicos B-52 no Leste Europeu monitorando a situação. A Rússia, por sua vez, está em alerta nuclear desde 27 de fevereiro.

Kiev interrompe corredores humanitários

Desde o início da guerra, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem reiterado que as forças de seu país n]ao participarão de combates. A estratégia são as sanções econômicas e o “incentivo” a mercenários dispostos a fazer o ‘trabalho sujo”.

Ainda nesta quarta, a Rússia acusou a Ucrânia de boicotar os corredores humanitários e a evacuação. Mikhail Mizintsev, diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Federação da Rússia, declarou que a situação humanitária na Ucrânia piora rapidamente. “Infelizmente, hoje, a operação detalhada e bem pensada para abrir corredores humanitários para a evacuação de civis e cidadãos estrangeiros, que se encontram em condições de catástrofe humanitária, não teve os resultados esperados por culpa das autoridades de Kiev”, informou.

Moscou disse ainda que 90% dos aeródromos militares ucranianos, nos quais é instalada a aviação de combate e a defesa antiaérea da Ucrânia foram “desativados”.

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