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Estados Unidos, com apoio do Brasil, tentam barrar influência da China na OMS

Recentes ataques contra a vacina Coronavac podem ser interpretados como parte desta ofensiva, segundo jornalista Jamil Chade

Jair Bolsonaro/Twitter
Jair Bolsonaro/Twitter
Mais uma vez, Bolsonaro se alinha a uma ação do governo dos EUA

São Paulo – De acordo com o jornalista e colunista do portal Uol Jamil Chade, o Brasil se alinhou a uma estratégia dos Estados Unidos de tentar reduzir a influência da China na Organização Mundial da Saúde (OMS), crescente no contexto da pandemia. E os recentes ataques do governo brasileiro contra a vacina Coronavac podem ser interpretados como parte desta ofensiva.

Os Estados Unidos têm trabalhado uma tentativa de reformar a OMS, evitando que no cenário pós-pandemia a China se torne ainda mais forte do ponto de vista diplomático e também econômico. O questionamento em relação a vacinas produzidas no país asiático e acusações sobre a postura chinesa no início da pandemia buscam minar sua imagem diante dos outros países.

Jamil Chade destaca que, ao longo dos últimos meses, a China ampliou suas ações de cooperação na área de saúde e hoje exporta mais de US$ 40 bilhões apenas no setor de máscaras. O país também aderiu ao consórcio de vacinas da OMS e documentos dos organizadores da iniciativa estimam que em 2023, 49% do fornecimento mundial de vacinas contra a covid-19 virá da China, com aproximadamente 7 bilhões de doses.

Confira o artigo completo.

Fake news sobre vacinas aumentam

Os ataques de Jair Bolsonaro à CoronaVac fizeram aumentar o conteúdo relacionado a fake news e desinformação nas rede sociais nesta semana. Muitas das postagens que circulam no Whatsapp e Youtube são adaptações de notícias falsas que já circularam nos Estado Unidos.

Segundo o monitor em tempo real do Radar Aos Fatos, entre 11 e 15 de outubro, houve uma média diária de 57 publicações de baixa qualidade que citavam termos relacionados a vacinas no Twitter, número que subiu para 600 publicações por dia no período de 16 a 21 de outubro, um aumento de 950%.

Nos grupos públicos de discussão política do WhatsApp, de acordo com o acompanhamento, a média de mensagens com baixa qualidade informativa sobre vacinas subiu de 27 para 71, cerca de 166%, quando se comparam os dois períodos. No YouTube, o aumento foi de 1,4 para 10 vídeos, o que equivale a 614%.


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