Justiça histórica

Estátua de traficante de escravos é derrubada e jogada em rio na Inglaterra

Monumento em bronze homenageava Edward Colston, que trabalhou com a Royal African Company, empresa comercial envolvida no comércio de escravos no século XVII

Reprodução
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Manifestantes do Black Lives Matter derrubaram estátua de traficante de escravos

São Paulo – Na esteira dos protestos que tiveram início nos Estados Unidos por conta do assassinato de George Floyd por um policial branco, e que já estão no 13º dia, manifestantes na cidade de Bristol, na Inglaterra, derrubaram a estátua de um traficante de escravos erguida em 1895.

Após o monumento cair no chão, manifestantes amarraram uma corda à estátua e a conduziram enquanto a multidão aplaudia. Eles então a rolaram pela rua até o porto antes de empurrá-la para o rio Avon, que corta a cidade.

O monumento em bronze homenageava Edward Colston, que esteve envolvido na Royal African Company, uma empresa comercial envolvida no comércio de escravos no século XVII.

De acordo com o The Telegraph, a empresa transportou cerca de 84 mil homens, mulheres e crianças africanos no período em que Colston esteve envolvido. Estima-se que aproximadamente 19 mil pessoas tenham morrido nas viagens feitas para o Caribe e as Américas.

Uma petição já havia sido elaborada para que a estátua fosse retirada dali, contando com 11 mil assinaturas. “Embora a história não deva ser esquecida, essas pessoas que se beneficiaram da escravidão de indivíduos não merecem a honra de uma estátua. Isso deve ser reservado para aqueles que trazem mudanças positivas e que lutam pela paz, igualdade e unidade social”, descrevia o texto do documento.

Em resposta a um fotógrafo que disse, no Twitter, que se tratava de um “dano criminoso”, o historiador britânico David Olusoga
respondeu: “Só checando, foi isso que você disse quando derrubou a estátua de Saddam Hussein?”.

O superintendente da polícia de Avon e Somerset, Andy Bennett, afirmou que 10 mil pessoas participaram da manifestação do Black Lives Matter.


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