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Em Davos, Trump critica ‘catastrofistas’ ambientais e ‘socialistas radicais’

Segundo presidente dos Estados Unidos, ativistas contra o aquecimento global querem "poder absoluto" para "controlar cada aspecto de nossas vidas"

World Economic Forum / Mattias Nutt
World Economic Forum / Mattias Nutt
Sem citá-la diretamente, Trump antagonizou com Greta Thunberg, em Davos, sobre questões ambientais

São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou de “catastrofistas” os ambientalistas que alertam para os riscos decorrente da falta de compromisso no combate ao aquecimento global. Em discurso no Fórum Econômico Mundial, nesta terça-feira (21), em Davos, na Suíça, ele acusou os “herdeiros dos insensatos videntes do passado” de se enganarem sobre a mudança climática, como teria ocorrido, segundo ele, quando teriam previsto a superpopulação do planeta ou o fim do petróleo, décadas atrás.

“Temos que rejeitar os eternos catastrofistas e suas previsões apocalípticas”, disse Trump, se contrapondo à ativista sueca Greta Thunberg que, horas antes, havia criticadosos líderes políticos e empresariais por “nada terem feito” para deter as mudanças climáticas. Segundo a ambientalista, é preciso não apenas reduzir as emissões de poluentes, mas pará-las por completo.

“Esses alarmistas sempre demandam a mesma coisa: poder absoluto para dominar, transformar e controlar cada aspecto de nossas vidas”, afirmou o presidente estadunidense, voltando a atacar os ambientalistas. No seu primeiro ano de governo, em 2018, Trump retirou o seu país – o maior emissor global de poluentes – do Acordo de Paris, tratado internacional que prevê metas de redução dos gases que provocam o agravamento do efeito estufa.

Durante o seu discurso, Trump também enalteceu o que chamou de “boom econômico” que ele atribuiu à sua gestão. Ele não fez menção ao processo de impeachment que enfrenta no Congresso americano, mas criticou indiretamente rivais democratas que vão desafiá-lo nas eleições marcadas para novembro. “Nunca deixaremos os socialistas radicais destruírem nossa economia”, afirmou.