Por democracia

Estudantes e movimentos protestam no Brasil nesta terça contra golpe na Bolívia

Atos ocorreram nas representações diplomáticas da Bolívia em São Paulo e Brasília contra a violência que segue ocorrendo após a derrubada de Evo Morales

Twitter/Evo Morales
Twitter/Evo Morales
Estudantes apontam "elites da Bolívia e do imperialismo estrangeiro" como agentes do golpe na Bolívia

São Paulo – Entidades do movimento estudantil e movimentos sociais que fazem parte das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam nesta terça-feira (12) um ato em repúdio ao golpe de estado no povo do país vizinho e em solidariedade ao povo boliviano. A manifestação, em frente ao Consulado da Bolívia, em São Paulo (Rua Coronel Artur Godói, 7 – Vila Mariana), às 17h, também presta solidariedade ao povo boliviano, depois que o então presidente Evo Morales foi obrigado a renunciar por pressão das Forças Armadas. Ele recebeu asilo político do México, onde deve chegar na tarde desta terça.

Em nota conjunta, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) dizem que “elites da Bolívia e do imperialismo estrangeiro não aceitaram a decisão soberana das urnas nas últimas eleições e decidiram tomar o poder a qualquer custo, inclusive utilizando da violência nas ruas e da ameaça das Forças Armadas para implementar seu projeto anti-popular e interromper o ciclo de transformações e redução da desigualdade iniciado pelo governo de Evo.”

Os estudantes alegam que “a democracia, as eleições e a constituição soberana precisam ser respeitadas em qualquer país”, repudiam “qualquer violência, ameaça e golpe de Estado que coloque em cheque a democracia de nossos irmãos latino-americanos” e afirmam que seguirão lutando junto aos povos da América Latina “contra as medidas impopulares impostas pelo neoliberalismo, contra o avanço do imperialismo, por mais democracia, justiça e direitos sociais”.

Pensadores e lideranças populares de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul que participam do seminário Brics dos Povos também planejam realizar um ato, na embaixada da Bolívia, em Brasília (Av. das Nações, Quadra 809, Lote 34), às 13h, contra o recrudescimento da violência em decorrência do golpe que derrubou o presidente Evo Morales.

Nesta segunda (11), milhares de argentinos se manifestaram nos arredores da embaixada da Bolívia, em Buenos Aires, em apoio ao presidente deposto e em solidariedade ao povo boliviano. Ainda no domingo (10), o presidente eleito Alberto Fernandéz, disse que o golpe na Bolívia perpetrado por grupos de civis violentes e policiais aquartelados que contaram com a passividade do Exército.

Leia também

Últimas notícias