Manifestantes vão às ruas contra o fechamento do Parlamento britânico
Por determinação do primeiro-ministro Boris Johnson, deputados devem discutir a portas fechadas a saída do Reino Unido da União Europeia
Publicado 31/08/2019 - 12h41
São Paulo – Diversas cidades britânicas, como Londres, Manchester, Leeds e York, na Inglaterra, e Belfast, capital da Irlanda do Norte, tiveram protestos neste sábado (31). Os manifestantes, que pedem que seja “travado o golpe”, são contrários à suspensão do Parlamento. Por determinação do primeiro-ministro Boris Johnson, entre os dias 10 de setembro e 14 de outubro os deputados devem discutir a portas fechadas a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit).
Segundo a BBC, a zona de Whitehall, em Londres, ficou completamente tomada. Os manifestantes gritavam “Boris, que vergonha”. Em minoria, grupos a favor de Johnson também se manifestaram em Westminster, onde fica a residência oficial do primeiro-ministro e o Parlamento.
Para o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, a indignação pública com Boris Johnson é devido ao encerramento democrático do debate sobre o Brexit. “As pessoas têm razão por vir para a rua – e encorajo toda a gente a juntar-se aos protestos em Londres e em todo o país”, escreveu a liderança em seu perfil no Twitter.
Nesta quarta-feira (28), a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, disse que primeiro-ministro tornou a independência da Escócia “completamente inevitável”, ao suspender o Parlamento, decisão que considerou ser um “pontapé na democracia”.
“Este pode muito bem ser o dia em que a democracia morreu no Reino Unido e, quando olharmos para trás, pode muito bem ser o dia em que a independência da Escócia se tornou completamente inevitável”, disse Sturgeon ao jornal Heart Scotland News.