Mobilização no exterior

Frente de brasileiros pela democracia se reúne em Berlim na sexta

Grupo articula ações contra o golpe e em defesa da liberdade de Lula

TVT/Reprodução
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De acordo com o correspondente internacional em Berlim, Flávio Aguiar, declarações de Bolsonaro e seu governo têm manchado a imagem no Brasil no exterior

(*) Com informações do Sul21

São Paulo – A partir da sexta-feira (16) tem início, em Berlim, o segundo encontro da Frente Internacional de Brasileiras e Brasileiros pela Democracia e Contra o Golpe (Fibra). A reunião vai até domingo (18) e discutirá meios de atuação conjunta dos coletivos diante dos retrocessos impostos pelo governo de Jair Bolsonaro. Organizado desde 2016, em meio ao processo de golpe que derrubou a ex-presidenta Dilma Rousseff, o grupo conta ainda com pessoas de diversas nacionalidades e organizações no Canadá, Estados Unidos e América Latina.

A frente abre o evento com a mesa de conversa Diálogos de um Brasil que Resiste, com participação do ex-deputado federal Jean Wyllys e da escritora Márcia Tiburi, ambos vivendo fora do Brasil após ameaças de morte, o jornalista Breno Altman, a jurista brasileira eleita deputada na Espanha, Maria Dantas, e a deputada estadual Renata Souza (Psol-RJ). A roda de conversa terá como mediadora a atriz Bárbara Santos, integrante do grupo de artistas Kuringa.

A programação segue no sábado com uma reunião fechada entre os grupos para elaboração de um plano de ações e da “Carta de Berlim”, em que serão levantadas orientações para a luta política no exterior e em conexão com as atividades no Brasil.

A carta será divulgada ao público no domingo, quando o evento será encerrado com um ato pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O colaborador da RBA Flávio Aguiar antecipou na Rádio Brasil Atual o clima do encontro que demonstra o nível de preocupação das pessoas com o que acontece no Brasil. “Aqui na Europa realmente a situação do governo brasileiro é péssima”, sintetiza acrescentando que a diplomacia também tem se isolado diante das declarações de Bolsonaro. “Completamente contrárias à tradição diplomática brasileira, que sempre foi muito respeitada no mundo”.

A Fibra traz ainda uma exposição fotográfica sobre a vereadora e ativista Marielle Franco, assassinada em maço do ano passado, além de um mostra sob o tema “As ruas do mundo são nossas”, com imagens do fotógrafo Ricardo Stuckert e dos coletivos e grupos que compõem a Fibra, e uma roda de conversa com Márcia Tiburi.

Acompanhe a programação

Sexta-feira, 16 – Credenciamento, encontro dos convidados com a imprensa a partir das 10h30, sala 121 da Fundação.

– Painel de Abertura: “Diálogos de um Brasil que Resiste”, aberto ao público e com participação dos convidados. Mediação de Bárbara Santos.

Sábado, 17 – Reunião dos Grupos de Trabalho, reservada aos inscritos e credenciados na Fibra.

– Apresentação – “Cinema Verão”, aberto ao público e apresentado por Jean Wyllys.

Domingo, 18 – Aprovação da “Carta de Berlim” e encerramento, com ato aberto ao público pela liberdade do ex-presidente Lula, às 12h30.

Entrevista de Flávio Aguiar da Rádio Brasil Atual

(*) Com informações do Sul21