Sem programa e com discurso antipolítica, comediante vence eleições na Ucrânia

Comentarista internacional Flávio Aguiar comenta eleição de Volodímir Zelenski como um reflexo do descrédito em relação à política tradicional que ocorre também em outras partes do mundo

CC 2.0 Максим Стоялов/Wikipédia

“Ele fez uma campanha muito parecida com essas em que candidatos não prometem nada e não falam em programa”

São Paulo – A Ucrânia decidiu pela eleição do ator e comediante Volodímir Zelenski que assume, no próximo mês, a presidência do país. Eleito com quase 73% dos votos, a vida real parece imitar a arte, como analisa o comentarista internacional Flávio Aguiar, na Rádio Brasil Atual, em referência ao papel interpretado em uma série por Zelenski. Ele fazia um professor que se torna presidente por acidente, sem ter qualquer experiência política anterior.

Com uma campanha baseada sobretudo no discurso antissistema e contra a corrupção, a eleição do novato no meio político, que desbancou o atual presidente e candidato à reeleição Petro Poroshenko, é um reflexo do que ocorre em outras partes do mundo, afirma Aguiar ao jornalista Glauco Faria. “Favorecimento aos recém-chegados”, diz. 

“Ele fez uma campanha muito parecida com essas em que candidatos não prometem nada, não falam em programa e não se comprometem com muitas alianças. Surfou no descrédito dos políticos tradicionais da Ucrânia”, ressalta o comentarista. 

Sem experiência, Zelenski assume, no entanto, com uma série de desafios em um país que atravessa uma crise econômica e política e está tensionado com a vizinha Rússia. Nesses primeiros meses o comediante deve enfrentar dificuldades com a falta de uma base parlamentar. “Ele vai depender das próximas eleições, em outubro”, destaca.

Confira a participação completa de Flávio Aguiar no Jornal Brasil Atual a partir de 17:12 no vídeo abaixo.

 

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