na urna

Eleições na Espanha dão vitória aos socialistas e retorno da extrema-direita

O Psoe, de Pedro Sánchez, se impôs nas eleições, mas nenhum dos grandes blocos políticos obteve maioria para governar. O partido Fox, de extremistas de direita, volta ao Congresso após quase 40 anos

@sanchezcastejon/twitter

Pedro Sánchez comemora vitória dos socialistas nas eleições espanholas. Partidos da Catalunha devem entrar na composição com o governo para conter avanço da direita

São Paulo – O Psoe (Partido Socialista Operário Espanhol) venceu as eleições legislativas deste domingo (28) na Espanha e se tornou a maior força do Parlamento do país. Nenhum dos grandes blocos políticos obteve maioria para governar, no pleito que também marcou a volta dos extremistas de direita ao Congresso daquele país após quase 40 anos.

Confirmando as sondagens e projeções de boca de urna, o Psoe, legenda do primeiro-ministro Pedro Sánchez, obteve cerca de 29% dos votos, conquistando 122 dos 350 assentos no Congresso. Em segunda colocação, o conservador Partido Popular (PP) caiu para 65 postos – menos da metade dos 137 que detinha, e ainda abaixo dos prognósticos mais pessimistas. Atrás dele, o liberal Ciudadanos (Cs), com 57 deputados, e a aliança de esquerda Unidas Podemos, com 35 deputados.

Já o partido Vox, de extrema direita, conseguiu 24 assentos e atingiu 10,3% dos votos. Durante a semana, pesquisas apontavam para um resultado próximo a 30 cadeiras, que acabou não se concretizando.

Para que o atual premiê, Pedro Sánchez, continue liderando o governo, o partido terá que fechar alianças para garantir maioria, já que nenhum dos grandes blocos políticos alcançou maioria absoluta (176 assentos), sendo necessária a formação de uma coalizão de governo.

O líder do Podemos, Pablo Iglesias, se colocou à disposição para formar governo com o Psoe. Ainda assim, os dois partidos, somados, atingem 148 assentos no Congresso espanhol. Sánchez deverá procurar a adesão de partidos nacionalistas catalães o que, de acordo com a emissora RTVE, poderia totalizar uma coalizão de até 197 deputados.

A direita, por outro lado, não tem resultados suficientes para formar governo, mesmo que PP, Ciudadanos e Vox se juntem.

A participação no pleito foi recorde, de acordo com dados oficiais do governo espanhol. Quase 76% dos eleitores foram às urnas, o número mais alto desde 2004. A Catalunha foi uma das responsáveis pela alta participação, com um aumento de 17,8 pontos percentuais em relação a 2016.

 

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