Geopolítica

Em novo encontro, Kim Jong-un e Donald Trump retomam negociações

Situação, no entanto, abre precedente 'paradoxal' na América Latina segundo o correspondente internacional, Flávio Aguiar, por poder representar um 'aumento da pressão militar sobre o governo venezuelano'

John Pavelka/Wikimedia Commons

Em sua avaliação, Flávio Aguiar aponta que aproximação com Coreia mostra que Trump tenta aumentar poderio bélico

São Paulo – O líder norte-coreano Kim Jong-un volta a se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump nesta quarta (27) e quinta-feira (28), em Hanói, capital do Vietnã, para retomar as negociações de um acordo de paz entre as duas nações que, desde junho do ano passado, em Singapura, vem acenando sobre essa possibilidade.

O encontro tem criado expectativas não apenas entre os dirigentes, mas também no Vietnã por mostrar o país como moderno, inclusive para sediar uma iniciativa do porte, segundo análise feita à Rádio Brasil Atual pelo correspondente internacional da RBA, Flávio Aguiar.

De acordo com Flávio Aguiar, espera-se, em curto prazo, que o encontro dos líderes pavimente um acordo definitivo de paz entre as Coreias do Norte e do Sul e o próprio Estados Unidos, que hoje vivem em um regime de trégua. Mas, de um lado, pensam ainda o fim das sanções econômicas contra o país representado por Kim Jong-un impostas por Trump que, por outro lado, reivindica o desarmamento nuclear por completo da Coreia do Norte.

No entanto, o correspondente adverte que o fechamento de um acordo pode sinalizar também o intuito do presidente dos Estados Unidos pela iniciativa bélica que pode afetar sobretudo a situação da Venezuela, hoje, inimiga da política de Trump. “Uma situação paradoxal. A paz na Ásia é uma notícia boa, mas para nós (latino-americanos) pode ter uma rebarba complicada pelo aumento da pressão militar sobre o governo venezuelano”.

Ouça na íntegra o comentário da Flávio Aguiar

 

 

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