Abismo

As 26 pessoas mais ricas do mundo detêm a mesma riqueza dos 3,8 bilhões mais pobres

Relatório da Oxfam expõe avanço da desigualdade e concentração de riqueza, enquanto metade da população perde mais renda do que ganha

Wilson Dias/EBC

Taxação dos bilionários em mais 1% poderia gerar renda suficiente para às áreas de educação e saúde

São Paulo – Às vésperas da abertura do Fórum Econômico Mundial que se inicia nesta terça-feira (22), a organização não governamental Oxfam divulgou um relatório apontando um aumento vertiginoso da desigualdade no mundo nos últimos 25 anos. De acordo com o levantamento, as 26 pessoas mais ricas do mundo detêm a mesma riqueza dos 3,8 bilhões mais pobres, o que equivale à metade da população mundial.

Em sua análise para o Seu Jornal, da TVT, o correspondente internacional Flávio Aguiar acrescentou o descompasso que há entre as perdas e ganhos na renda dos mais ricos comparada com a dos mais pobres. Isso porque, de acordo com relatório, os 2.200 bilionários acumularam mais 12% às suas fortunas em 2018, enquanto os 3,8 bilhões mais pobres perderam 11%.

“A proximidade das cifras gera uma outra inquietação, quer dizer, a riqueza ou a participação na renda mundial está saindo de um lado e entrando em outro”, afirma Flávio Aguiar.

O relatório tem como intuito chamar a atenção para a necessidade de investimentos públicos nas áreas de educação e saúde e pontua que se os bilionários fossem taxados em mais 1%, poderia ser criado um fundo de US$ 418 bilhões de dólares. A quantia é considerada suficiente pela Oxfam para resolver os problemas educacionais e reduzir substancialmente as questões de acesso à saúde.

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