AMÉRICA DO SUL

Após atentado contra Maduro, Venezuela diz que seis pessoas foram detidas

Presidente venezuelano acusou a Colômbia e pessoas de dentro dos Estados Unidos de instigarem o que chamou de 'atentado da direita'

Reprodução/VTV

Maduro discursava no momento em que disparos foram ouvidos. Episódio aconteceu às 17h41, do sábado

São Paulo – O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Néstor Reverol, anunciou neste domingo (5) que seis pessoas foram detidas por envolvimento no atentado contra o presidente Nicolás Maduro, no último sábado (4), em Caracas.

De acordo com o ministro, dois dos detidos já possuem antecedentes criminais. Um é envolvido no assalto ao Forte Paramacay, em Carabobo, em agosto de 2017. Outro já havia sido preso em 2014 por participar de protestos violentos, conhecidos como ‘guarimbas‘. Os seis responderão por “terrorismo e magnicídio em grau de frustração”.

Reverol explicou que, no atentado, foram utilizados dois drones DJI-M600, desenhados para suportar grandes cargas e peso. As aeronaves não tripulados carregavam aproximadamente um quilo de explosivo cada. “A carga é capaz de causar dano efetivo em um raio de aproximadamente 50 metros”, disse o ministro.

Já o presidente Maduro, em pronunciamento, acusou a Colômbia e pessoas de dentro dos Estados Unidos de instigarem o que chamou de “atentado da direita”. Ele acrescentou “não ter dúvida” de que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, está “por trás do ataque”.

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, também afirmou que os dois países citados por Maduro estão envolvidos e qualificou o ataque como uma “conspiração”. “Aqueles que tinham dúvidas, sobretudo as delegações de Estados Unidos, Canadá e países da União Europeia, de que havia um plano de conspiração para derrocar o governo constitucional da Venezuela pela via da força, aqui há outra amostra mais que irrefutável”, disse ele, no encontro transmitido pela emissora estatal VTV.

O ataque

No momento do atentado, Maduro discursava em um palco na avenida Bolívar, centro de Caracas, durante as comemorações do 81º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana – um dos quatro corpos das Forças Armadas do país.

O episódio ocorreu às 17h41. Nas imagens do evento, transmitido ao vivo pela televisão, vê-se que Maduro e os outros participantes no palco se assustam com as explosões, sendo retirados posteriormente do local. O presidente não se machucou, mas ao menos sete funcionários do governo ficaram feridos, consequências da correria que se seguiu ao ataque.

O pouco conhecido grupo “Movimento Nacional Soldados de Camiseta” disse na sua conta no Twitter que foi o autor do atentado. Eles afirmam que haviam planejado jogar dois drones com explosivos em Maduro, mas os equipamentos teriam sido alvejados pelos militares que faziam a segurança do presidente.

Assista ao momento do ataque:

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