Em Marcha

Partido de Macron vence 1º turno das eleições legislativas na França

Partido Socialista registra sua maior derrota. França Insubmissa, de esquerda, deve conquistar entre 11 e 21 cadeiras; Frente Nacional despenca e deve conseguir, no máximo, 10 assentos

Reprodução/Facebook/Emannuel Macron

Emmanuel Macron votou nas eleições parlamentares deste domingo na França

DW Brasil – O partido do presidente Emmanuel Macron venceu com maioria esmagadora o primeiro turno das eleições legislativas na França neste domingo (11), alcançando cerca de 32% dos votos, segundo projeções da mídia.

A projeção divulgada pela agência de notícias francesa AFP confere à legenda de Macron, a centrista A República em Marcha! (LREM), entre 32,2% e 32,9% dos votos (equivalente a 390 a 445 do total de 577 assentos na câmara baixa do Parlamento).

Os Republicanos (direita) ficaram entre 20,9% e 21,5% (80 a 132 assentos); Frente Nacional (extrema direita) de Marine Le Pen, 13,1% a 14% (1 a 10 assentos); França Insubmissa (esquerda) 11% (10 a 23 assentos); Partido Socialista 9% a 10,2% (15 a 40 assentos), numa derrota histórica.

Cerca de 47 milhões de eleitores foram convocados a votar num total de 7.878 candidatos. A maioria absoluta no Parlamento francês é de 289 assentos. Caso não haja candidatos com mais de 50% dos votos nas diferentes circunscrições, os que tiverem pelo menos 12,5% concorrem no segundo turno, em 18 de junho.

Legislativas cruciais

A composição da câmara baixa do Parlamento francês é tão crucial para o andamento do governo, que as eleições parlamentares são denominadas pelos franceses “terceiro turno” das presidenciais. Ainda assim, o domingo eleitoral foi marcado por forte abstenção, ultrapassando, pela primeira vez, em cerca de 60 anos, a marca de 50% no primeiro turno das legislativas.

Concorrendo pela primeira vez a um cargo político o centrista de 39 anos Emmanuel Macron assumiu a presidência da França em 14 de maio último. Ele precisa que seu movimento – criado há apenas 14 meses e, por isso, sem nenhum parlamentar – conquiste maioria absoluta, para que possa promover as reformas prometidas durante a campanha eleitoral, inclusive a da lei trabalhista.

Sem a maioria dos deputados, o que parece difícil de acontecer, dadas as projeções, Macron seria obrigado ainda a aceitar um primeiro-ministro escolhido pela oposição – situação denominada “coabitação” na política francesa, que não ocorre há 15 anos.

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