Candidato da ‘Revolução Cidadã’, de Rafael Correa, é favorito neste domingo no Equador
Lenín Moreno lidera pesquisas e clima foi desfavorável ao banqueiro Guillermo Lasso no últimos dias, diz colunista. 'Aparentemente, Lenín consolida maioria que alcançou no primeiro turno'
Publicado 01/04/2017 - 18h18
Pesquisas apontam favoritismo de Lenín Moreno, paraplégico, tido como mais conciliador do que seu apoiador Correa
São Paulo – O clima é de tensão na reta final da eleição presidencial no Equador. O segundo turno, neste domingo (2), opõe o candidato Lenín Moreno, de esquerda, apoiado pelo atual presidente Rafael Correa, e o direitista Guillermo Lasso, banqueiro com maior votação da oposição conservadora nos últimos dez anos. O favoritismo, segundo o sociólogo Emir Sader, em comentário na Rádio Brasil Atual, é Moreno. Segundo ele, de quatro pesquisas de opinião divulgadas nos últimos dias, em três a vantagem do apoiado por Correa varia de 6 a 16 pontos. Na única sondagem em que lidera, Lasso tem apenas dois pontos acima, praticamente situação de empate.
“O clima nos últimos dias foi desfavorável a Guillermo Lasso, depois de uma matéria que saiu no jornal Página 12!, da Argentina, sobre uma empresa fantasma que ele teria no Panamá”, diz Sader. “Aparentemente, Lenín consolidou a maioria que alcançou no primeiro turno (39,3% dos votos, faltando 0,7 ponto para vencer já na primeira votação).
Em sua participação na Rádio Brasil Atual, Emir Sader comenta ainda o acordo entre o Partido Colorado e a coalizão de Fernando Lugo. O entendimento levaria a aprovação da emenda que permitiria tanto a reeleição do atual presidente Horacio Cartes quanto a candidatura do ex-presidente, deposto por um golpe parlamentar em juno de 2012. A aprovação da emenda levou a confrontos desencadeados pela oposição conservadora, que viu reduzidas suas chances eleitorais, e o Congresso paraguaio acabou incendiado na noite desta sexta-feira.
O colunista fala também sobre a política energética de Donald Trump, nos Estados Unidos, que, ao privilegiar o emprego do carvão mineral, põe em risco todos os acordos globais sobre o clima.
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