Emir Sader

Candidato da ‘Revolução Cidadã’, de Rafael Correa, é favorito neste domingo no Equador

Lenín Moreno lidera pesquisas e clima foi desfavorável ao banqueiro Guillermo Lasso no últimos dias, diz colunista. 'Aparentemente, Lenín consolida maioria que alcançou no primeiro turno'

Arquivo jornal El Comercio

Pesquisas apontam favoritismo de Lenín Moreno, paraplégico, tido como mais conciliador do que seu apoiador Correa

São Paulo – O clima é de tensão na reta final da eleição presidencial no Equador. O segundo turno, neste domingo (2), opõe o candidato Lenín Moreno, de esquerda, apoiado pelo atual presidente Rafael Correa, e o direitista Guillermo Lasso, banqueiro com maior votação da oposição conservadora nos últimos dez anos. O favoritismo, segundo o sociólogo Emir Sader, em comentário na Rádio Brasil Atual, é Moreno. Segundo ele, de quatro pesquisas de opinião divulgadas nos últimos dias, em três a vantagem do apoiado por Correa varia de 6 a 16 pontos. Na única sondagem em que lidera, Lasso tem apenas dois pontos acima, praticamente situação de empate.

O clima nos últimos dias foi desfavorável a Guillermo Lasso, depois de uma matéria que saiu no jornal Página 12!, da Argentina, sobre uma empresa fantasma que ele teria no Panamá”, diz Sader. “Aparentemente, Lenín consolidou a maioria que alcançou no primeiro turno (39,3% dos votos, faltando 0,7 ponto para vencer já na primeira votação).

Em sua participação na Rádio Brasil Atual, Emir Sader comenta ainda o acordo entre o Partido Colorado e a coalizão de Fernando Lugo. O entendimento levaria a aprovação da emenda que permitiria tanto a reeleição do atual presidente Horacio Cartes quanto a candidatura do ex-presidente, deposto por um golpe parlamentar em juno de 2012. A aprovação da emenda levou a confrontos desencadeados pela oposição conservadora, que viu reduzidas suas chances eleitorais, e o Congresso paraguaio acabou incendiado na noite desta sexta-feira.

O colunista fala também sobre a política energética de Donald Trump, nos Estados Unidos, que, ao privilegiar o emprego do carvão mineral, põe em risco todos os acordos globais sobre o clima.

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