mobilização internacional

Organizações e movimentos sociais uruguaios fazem protesto contra golpe no Brasil

Cerca de 1.500 pessoas manifestaram solidariedade a presidente Dilma Rousseff ontem (10) durante ato em Montevidéu

Twitter/reprodução

No final do ato, representantes das organizações leram uma nota na qual criticaram o processo de impeachment

Opera Mundi – Cerca de 1.500 pessoas protestaram na noite desta terça-feira (10) em Montevidéu, no Uruguai, contra o processo de impeachment da presidenta brasileira Dilma Rousseff, qualificado como golpe de Estado pelos organizadores da manifestação.

O protesto foi convocado pela coalizão de esquerda que governa no Uruguai, a Frente Ampla, pela central sindical PIT-CNT e várias organizações sociais.

Os manifestantes percorreram a avenida 18 de Julio, a principal da capital uruguaia, e gritaram palavras de ordem como “não ao golpe de Estado” e outras contra o “imperialismo” na América Latina.

No final do ato, representantes das organizações leram uma nota na qual criticaram o processo de impeachment de Dilma, que será julgado no Senado hoje (11), e se manifestaram a favor da “defesa da democracia entre os governos”.

O representante da Frente Ampla, Javier Miranda, disse à Agência Efe ser uma “grande alegria” ver “tanta gente se mobilizando” pela situação “preocupante” do Brasil.

“Mais uma vez na região, por mecanismos formalmente democráticos, tentam quebrar a continuidade de um governo eleito democraticamente, é uma enorme preocupação”, afirmou Miranda, que também é membro do comitê de Direitos Humanos da FA.

Com o processo, segundo Miranda, “estão sendo violados os direitos políticos de um povo” e a própria Constituição brasileira.

“Dizemos não a este avanço sobre as democracias na América Latina, algo similar ocorreu no Paraguai há pouco tempo, e realmente vemos (o processo) com preocupação “, afirmou, fazendo referência ao afastamento do ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo em 2012.

“O que está por trás de tudo isto é uma tentativa de despejar o Poder Executivo, legitimamente eleito pelo povo do Brasil, para que termine a aplicação de um conjunto de políticas sociais que beneficiaram o povo e aos mais despossuídos”, declarou o secretário-geral do PIT CNT, Marcelo Abdallah

Ele acrescentou que o processo é um “golpe de Estado” na medida em que as acusações contra Dilma não estão relacionadas a crimes ou crimes contra a nação.

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