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Dilma reforça necessidade de intensificar cooperação econômica na América Latina

Roberto Stuckert Filho/PR Integração deve funcionar “como uma ponte para essa travessia” para a crise econômica que os países enfrentam Brasília – A presidenta Dilma Rousseff reafirmou a necessidade de intensificar […]

Roberto Stuckert Filho/PR

Integração deve funcionar “como uma ponte para essa travessia” para a crise econômica que os países enfrentam

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff reafirmou a necessidade de intensificar a cooperação econômica e comercial entre os países da América Latina e do Caribe, para que possam “superar mais rapidamente os desafios impostos pela crise [econômica]”. Ela fez a declaração em Quito, ontem (26) à noite, após reunião com o presidente do Equador, Rafael Correa.

A presidenta embarcou ontem para o Equador, onde participa hoje (27) da 4ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

“Analisamos o complexo quadro econômico internacional e a sua incidência preocupante sobre nossos países e sobre toda a região, em especial o impacto da queda do preço das commodities do petróleo, dos minérios, dos grãos e a desaceleração da economia chinesa que hoje transita de um padrão baseado em investimento e infraestrutura para outro, baseado no consumo e em serviços”, disse Dilma.

Segundo a presidenta, Brasil e Equador concordaram em estreitar ainda mais o relacionamento para que as relações bilaterais possam funcionar “como uma ponte para essa travessia” que os países estão enfrentando.

Dilma citou projetos da parceria entre o Brasil e o Equador. “A Hidrelétrica de Manduriacu e o projeto de irrigação Daule Vinces dão testemunho de nosso comprometimento com a promoção de uma cooperação intensa com o Equador”.

Ela também destacou o Eixo Multimodal Manta-Manaus. “Esse projeto, de Manta-Manaus, é um projeto estratégico nessa região. Trata-se da integração de toda a região amazônica da América do Sul e aproximando as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, tanto aproximando o Equador do Atlântico quanto o Brasil do Pacífico”, acrescentou.

A presidenta embarca hoje à tarde de volta para o Brasil e amanhã participa de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, formado por ministros de estado e representantes da sociedade civil, empresariado e centrais sindicais.

Combate ao Zika

A presidenta Dilma Rousseff disse que todos os líderes da América Latina estão preocupados com o vírus Zika, que pode causar microcefalia em crianças. “Agora, no Brasil, eu queria dizer para vocês que nós vamos iniciar um verdadeiro combate ao vírus Zika. Então, vai ser um combate casa a casa, em que o governo vai colocar extremo empenho”, afirmou ontem (26) à noite, após reunião com o presidente do Equador, Rafael Correa.

Dilma voltou a dizer que, como ainda não há uma vacina contra o vírus, a ajuda da população no combate ao mosquito Aedes aegypti é essencial. O mosquito é vetor também da dengue e da febre chikungunya.

“Se ainda hoje nós não temos uma vacina, tenho certeza de que iremos ter, mas vai levar um tempo. A melhor vacina contra o vírus Zika é o combate de cada um de nós, do governo, mas também da sociedade. Eliminando todos os focos nos quais o mosquito vive e se reproduz. A fêmea, por exemplo, põe 400 ovos. Quanto mais água parada, mais esse mosquito se reproduz, e nós não podemos deixá-lo nascer”, acrescentou.

Na semana passada, Dilma já havia pedido a ajuda da população no combate ao Aedes aegyptidurante a cerimônia de inauguração da pista leste da Via Mangue, no Recife, Pernambuco, estado com o maior número de casos suspeitos de microcefalia causada pelo vírus.

Todos os países do Continente Americano provavelmente terão a circulação interna do vírus Zika, com exceção do Chile e Canadá. O alerta foi feito na segunda-feira (25) pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS).