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Empresário que havia aumentado preço de remédio para HIV em 5.000% é preso

Martin Shkreli é acusado de usar ações de uma empresa de biotecnologia fundada por ele para pagar dívidas de negócios não relacionados a ela

reprodução/yt

Shkreli foi preso nesta manhã, em Nova York

São Paulo – O empresário Martin Shkreli, que em setembro havia aumentado em mais de 5.000% o preço de um remédio usado para o controle de HIV/aids (e voltado atrás após críticas), foi preso hoje (17) em Nova York acusado de fraudes.

Shkreli é acusado de usar ações de uma empresa de biotecnologia fundada por ele para pagar dívidas de negócios não relacionados a ela, de acordo com a emissora norte-americana Bloomberg, que não encontrou os advogados do empresário para comentarem a prisão.

Ele ficou famoso após aumentar o preço do remédio Darapim de US$ 13,50 (o equivalente a R$ 52,67) para US$ 750 (R$ 2.926) em setembro deste ano. Na época, em entrevista à emissora CNBC, Shkreli rebateu as críticas e argumentou que o Daraprim era raramente usado nos casos de HIV/aids e que, portanto, o impacto no sistema de saúde devido ao aumento do preço seria “minúsculo”. Além disso, ele afirmou que os pacientes utilizam a droga durante menos de um ano. Entretanto, o medicamento faz parte do tratamento padrão para doenças infecciosas, como a toxoplasmose.

Em 23 de setembro, o empresário voltou atrás.  “Concordamos que será um valor mais baixo, mais acessível e que ainda permitirá à empresa ter lucro”, disse na oportunidade o empresário à CNBC.

Ele também afirmou que a redução era uma reação à pressão social que condenou o aumento, justificando que o novo preço forçaria os hospitais a utilizarem terapias alternativas menos eficazes. “Com certeza, é uma reação – erros foram cometidos. Acho que faz sentido abaixar o preço em resposta à raiva que as pessoas sentiram”, declarou Shkreli.

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