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‘Um país não é uma empresa’, diz Cristina Kirchner

Em primeiro pronunciamento após eleições, presidenta afirmou que o balanço do país deve considerar 'quantos argentinos estão incluídos e quantos estão excluídos'

Casa Rosada

Kirchner: “Entramos no governo sem indústrias e saímos com um país com indústrias que seguem em frente”

Opera Mundi – Em um ato ontem (25) no Hospital Posadas, em Buenos Aires, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se pronunciou sobre o resultado das eleições presidenciais do último domingo, na qual o opositor Mauricio Macri se sagrou vencedor.

“Houve eleições e a diferença entre ambas as forças foi muito escassa, muito pequena. Eu me pergunto: se houvesse sido ao contrário, o que estaria acontecendo hoje com a Argentina? Teriam reagido como nós, com grandeza, compreensão e vivência democrática que devemos ter com os argentinos?”, disse Cristina Kirchner.

A presidente afirmou que o balanço de um país é determinado por “quantos argentinos estão incluídos e quantos estão excluídos” e que “há necessidades que devem ser atendidas não segundo um critério economicista”. “Um país não é uma empresa”, disse a atual presidente.

Jamais nos ocorreria fazer algo que afetasse a governabilidade e a convivência entre os argentinos, declarou Cristina. Queremos que o país vá bem, não somos do exército do ‘quanto pior, melhor’.

“Entramos no governo sem indústrias e saímos com um país com indústrias que seguem em frente, dando trabalho a milhões de argentinos”, afirmou a mandatária. Segundo ela, seu governo entrou e saiu “pela porta”. “Aos que sustentam que entramos pela janela, ninguém entra pela janela.”

A presidente destacou  que o maior feito de sua gestão foi “termos empoderado o povo em seus direitos”. “São vocês quem deverão defendê-los se alguém se atrever a revogá-los”, declarou aos militantes presentes no ato desta tarde.

Na noite de terça-feira (24), Cristina se encontrou com Macri, que assumirá a Presidência do país no dia 10 de dezembro. Segundo Macri, foi uma reunião curta e que “não valeu a pena”.


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