crise grega

Grécia alcança acordo com credores europeus para terceiro resgate

Atenas detalhou com instituições financeiras novas medidas de reforma, como privatizações, em troca de pacote de até 86 bilhões de euros

Carlos Latuff/Opera Mundi

Governo grego espera receber um primeiro desembolso de 24 bilhões de euros antes do dia 20 de agosto

São Paulo – Após 18 horas de negociações, Grécia e credores europeus alcançaram hoje (11) um acordo de até 86 bilhões de euros para o terceiro programa de resgate.

Segundo o ministro das Finanças grego, Euclides Tsakalotos, ainda restam alguns “pequenos detalhes” a serem definidos, mas espera-se que nas próximas horas o projeto de lei possa ser apresentado no Parlamento de Atenas e votado na quinta-feira (13).

Por sua vez, o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, ressaltou que foi fechado um pacto “técnico” e que agora é preciso aprovar o “político”.

O governo grego espera receber um primeiro desembolso de 24 bilhões de euros antes do dia 20 de agosto, quando deve cumprir o pagamento de uma dívida de 3,4 bilhões de euros ao Banco Central Europeu (BCE). Ainda há parcelas a serem pagas ao Fundo Monetário Internacional (FMI)

A nova rodada de negociações ocorre há três semanas com o intuito de detalhar as medidas de reformas que Atenas deverá conduzir nos próximos anos, bem como seu cronograma de implementação e a definição do montante de resgate.

Pontos básicos

Um dos pontos estabelecidos na reta final das negociações foi objetivos orçamentários da Grécia: foi decidido que em vez de obter um superávit primário de 1% do PIB, será necessário apenas que o país apresente um déficit primário de 0,5% para 2015.

Já para os próximos anos, será preciso ter um superávit de 0,5% (2016), de 1,75% (2017) e só então a meta de 3,5% (2018).

Embora outros detalhes do acordo ainda não tenham se tornado públicos, fontes do governo afirmaram à Agência Efe que também se alcançou um compromisso em relação ao formato jurídico que terá o novo fundo de privatizações.

De acordo com agência de notícias italiana Ansa, haverá um reforço nas punições para crimes financeiros, a gradual abolição das aposentadorias antecipadas, a desregulamentação do setor de energia e a continuidade do programa de privatizações.

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