América Latina

Integração no Mercosul tem avançado, mas não na velocidade necessária

‘Vários direitos ligados a possibilidade de educação, integração, comunicação e tecnologia tem avançado muito lentamente’, diz especialista

José Cruz/ ABr

O ministro Manoel Dias participa da reunião de ministros do Trabalho do Mercosul

São Paulo – A integração entre os países membros do Mercosul tem avançado nos últimos anos, porém não na velocidade necessária para atender as necessidades da população dos países da América Latina, tanto em políticas sociais quanto no campo econômico, ponderou hoje (16) o sociólogo Emir Sader, em sua coluna na Rádio Brasil Atual.

“O Mercosul está avançando muito lentamente diante da necessidade que os países da região têm, principalmente diante da crise econômica”, afirmou. “A participação popular na construção da cidadania também tem avançado, mas não o suficiente. Vários direitos ligados a possibilidade de educação, integração, comunicação e tecnologia tem avançado muito lentamente. É um caminho importante, mas embora os governos reafirmem a importância não tem se dedicado a isso como precisaria.”

Representantes dos países membros do Mercosul finalizam hoje sua a 18ª Cúpula Social. Amanhã terá início a 48ª Cúpula do Mercosul, na qual o Brasil irá passar a presidência do bloco para o Paraguai, em um encontro em Brasília.

“Há uma questão importante que é terminar de formalizar entrada da Bolívia. É um processo longo, que começou em 2011. Dos países que estão em processo de incorporação faltaria também o Equador, que tem um problema permanente que é a dolarização da sua moeda”, disse Sader. “A outra é a proposta do Mercosul para o tratado de livre comercio com União Europeia, no qual seria definido que produtos teriam liberação e quais continuariam com restrições. Há divergências lá e aqui. A França protege muito os produtos agrícolas e a Argentina considera que se faz muitas concessões sem contrapartida.”

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