Apesar de mais votado, o candidato do partido conservador Proposta Republicana, Horacio Rodríguez Larreta, não conseguiu votos suficientes para ser eleito no primeiro turno das eleições para a prefeitura de Buenos Aires, que ocorreu ontem (5).

Segundo o resultado de apuração das urnas, que saiu nas primeiras horas de hoje, Larreta obteve 45,5%, abaixo dos mais de 50% votos necessários. Em 19 de julho, ele disputará o segundo turno com Martín Lousteau, ex-ministro da Economia dissidente do kirchnerismo, que conquistou 25,6% dos votos.

Ontem, cerca de 2,5 milhões de argentinos foram às urnas para eleger o novo prefeito de Buenos Aires em um pleito que acontece a três meses das eleições presidenciais. A votação foi encarada como um termômetro para a popularidade do principal candidato da oposição aos kirchneristas na disputa pela chefia do Estado em outubro: o atual prefeito da capital, Mauricio Macri.

Rodríguez Larreta, que é atual chefe de Gabinete de Macri declarou nesta segunda que estão “comemorando juntos” a “grande eleição” que fizeram, durante evento da Proposta Republicana. Segundo a Agência Efe, poucos minutos depois, subiu ao mesmo palanque Macri, que  declarou que a vitória de hoje é uma “mensagem clara de confiança” por parte dos cidadãos no que seu partido fez.

“Em cada canto do nosso país, nos corações dos argentinos, cresce esta ideia de que juntos podemos, de que a mudança é possível. Isto é o mais importante”, disse Macri.

O candidato kirchnerista Mariano Recalde ficou em terceiro lugar, com 21,8%, um dos piores resultados já obtidos pela Frente para a Vitória em eleições municipais. A coalizão é liderada pela presidenta argentina, Cristina Kirchner.

Junto a vários ministros, Recalde declarou a militantes que teria “gostado de ter um pouco mais de tempo” para oferecer aos portenhos “um segundo turno diferente” e parabenizou seus oponentes.

Além de prefeito e vice-chefe de governo, foram eleitos ontem 30 integrantes do Legislativo e os representantes das 15 comunas nas quais se divide a cidade. Tendo eleitorado que representa 7,9% da população do país, a capital argentina é o quarto distrito eleitoral da nação, atrás das províncias de Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé.