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Após pior queda na Bolsa de Xangai em oito anos, China investiga mercados

No país, há cerca de 90 milhões de investidores individuais, em grande parte amadores que tornam o mercado de ações cada vez mais instável

Halfd / Flickr / CC

Colapso financeiro na segunda maior economia do mundo pode afetar os mercados internacionais

São Paulo – A Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China (CRMV) anunciou hoje (28) que está investigando “possíveis irregularidades” na queda da bolsa no dia anterior. Após a Bolsa de Xangai despencar 8,48%, o gigante asiático viveu seu pior dia em mais de oito anos.

De acordo com o porta-voz do órgão, Zhang Xiaojun, as instituições financeiras do Estado continuarão comprando ações para tentar estabilizar as bolsas, informou a agência estatal Xinhua. Além disso, o Banco Central chinês garantiu que manterá nesta terça a liquidez no mercado em um nível “razoável e apropriado”.

Hoje, os principais mercados ainda abriram em baixa, mas com uma performance melhor do que na segunda-feira: Xangai iniciou a jornada em baixa de 4,09% e a Bolsa de Shenzhen, de 4,06%.

Há cerca de 20 dias, o governo chinês anunciou medidas para estabilizar o mercado após ações desvalorizarem 30% em junho. No país, há cerca de 90 milhões investidores individuais, em grande parte amadores e sem conhecimentos financeiros, que tornam o mercado de ações instável e volátil.

No início de 2015, houve um aumento no volume de negociações muito grande, em uma estratégia definida pelo governo para supervalorizar as principais bolsas e usá-las para induzir o crescimento econômico. No primeiro trimestre, o PIB chinês avançou 7%, o pior ritmo em 6 anos.

Ainda não se sabe exatamente o motivo da queda das bolsas chinesas. Uma das possibilidades é a existência de uma bolha no mercado de ações que estaria em vias de estourar na segunda maior economia do mundo.

De todo modo, os impactos dessa instabilidade já são sentidos internacionalmente: por conta da queda, o dólar fechou ontem em R$ 3,352 – a maior cotação em mais de 12 anos no Brasil.


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