nesta quarta

Eurogrupo rejeita extensão de resgate atual para Grécia, mas vai discutir novo pacote

Plano atual de resgate vence nesta terça-feira; se não houver pagamento a Grécia entra em default técnico

Após uma reunião extraordinária feita por teleconferência, os ministros das Finanças da Europa rejeitaram hoje (30) estender o plano atual de resgate para a Grécia, que vence nesta terça-feira, mas concordaram em se reunir amanhã para discutir um novo programa de auxílio, que foi pedido pelo governo de Alexis Tsipras.

Se um novo programa de auxílio for concedido, diz a agência Reuters, o governo grego se dispôs a fazer campanha pelo “sim” no referendo marcado para domingo (5) ou mesmo cancelá-lo. O referendo servirá para os gregos decidirem se aceitam ou não o acordo proposto pelos credores sobre a dívida grega.

Por sua vez, o vice-primeiro-ministro da Grécia, Yannis Dragasakis, disse que o país submeteu ao Fundo Monetário Internacional um pedido para adiar o pagamento da parcela de € 1,6 bilhão que Atenas precisa fazer até as 19h de hoje (18h em Washington, sede do fundo). Se não houver o depósito, os gregos entram em default técnico.

O governo também pediu ao Banco Central Europeu que aumente a remessa de dinheiro aos bancos gregos para assegurar a liquidez deles. Na semana passada, o pedido foi negado.

Após o encontro, o chefe do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse que “seria maluco” estender o programa vigente nas atuais circunstâncias. Segundo ele, além disso, era “muito tarde” para estender o atual programa de resgate grego e que o novo plano a ser possivelmente discutido pode impor “condições mais duras” do que anteriormente.

À Reuters, uma fonte afirmou que as discussões continuam nesta quarta “para permitir que os ministros examinem as propostas do governo grego”.

Manifestação

Pelo menos 22 mil pessoas, segundo a agência de notícias grega Skai, foram à praça Syntagma, em Atenas, para se manifestar a favor do “sim” no referendo marcado para domingo. Neste local, ontem, outra manifestação reuniu milhares pedindo voto no “não”.