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Credores fazem nova proposta à Grécia; Atenas pede financiamento de dois anos

No novo plano apresentado pela Comissão Europeia, Alexis Tsipras deveria fazer campanha pelo voto 'sim'; prazo para pagamento de parcela com FMI termina hoje

Prime Minister Grécia

Às 14h (horário de Brasília) a Comissão Europeia vai se reunir na capital belga para discutir proposta grega

São Paulo – A Comissão Europeia fez hoje (30) uma oferta à Grécia, horas antes de expirar o prazo para pagamento de uma parcela do empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Em contraproposta, segundo a agência Bloomberg, Atenas pediu ao Mecanismo de Estabilização Europeu, (ESM na sigla em inglês) uma nova extensão do empréstimo, por dois anos, para garantir sua estabilidade financeira. Ele seria acompanhado de um plano de reestruturação da dívida.

Às 19h (hora de Bruxelas, 14h em Brasília), a Comissão Europeia vai se reunir de forma emergencial na capital belga para discutir a proposta grega, anunciou no Twitter o chefe do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

De acordo com o jornal Kathimerini, a pressão provocada pelos feriados bancários decretados pela Grécia e o fim do prazo para o pagamento de uma parcela de € 1,6 bilhão para o FMI – o limite expira à meia-noite desta terça-feira (30) – fizeram com que membros do governo pedissem a Tsipras considerasse a proposta europeia. O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, disse hoje, no entanto, que a Grécia não vai pagar a parcela que deve ao FMI.

A proposta dos credores incluía o envio de um “aceite” escrito a Dijsselbloem, ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junkcer, à chanceler alemã, Angela Merkel, e ao presidente da França, François Hollande.

O novo plano da Comissão incluía uma proposta grega de estabelecer a taxa de valor adicionado (o IVA comumente paga por turistas no exterior) em hotéis em 13%, contra 23% do inicialmente pedido pelos credores. A proposta traz também a possibilidade de destinação de € 35 bilhões para o fomento do crescimento e do emprego do país. Em contrapartida, diz o Kathimerini, os ministros da zona do euro aceitariam um documento de 2012 que pede redução nos juros pagos por Atenas e aumento no prazo de pagamento da dívida. Ele entraria em vigor em outubro.

“O governo grego teria que aceitar as propostas de sexta-feira pela noite apresentadas pelo presidente Juncker ontem, e publicadas pela CE no domingo de manhã, e teria que fazer campanha pelo “sim” a estas propostas”, disse o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas.

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