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Marcha contra o terrorismo reúne líderes mundiais na Tunísia

Ato ocorre 11 dias após o ataque contra o Museu do Bardo, localizado ao lado do Parlamento, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico

EMMANUEL DUNAND/POOLEFE/EPA

Na sexta-feira (27), autoridades tunisianas afirmaram que pretendiam reunir milhares de pessoas nas ruas de Túnis

Túnis – Líderes mundiais participaram hoje (29), em Túnis, de uma marcha contra o terrorismo, promovida pelas autoridades da Tunísia 11 dias depois do ataque contra o Museu do Bardo, na capital tunisiana, que deixou 24 mortos, a maioria turistas estrangeiros. O ataque contra o Museu do Bardo, o mais conhecido do país e localizado ao lado do Parlamento, foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Entre os convidados internacionais que confirmaram presença estão os chefes de Estado francês e polonês, François Hollande e Bronislaw Komorowski, respectivamente; o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e o chefe da diplomacia espanhola, José Manuel Garcia-Margallo. Túnis também espera a presença dos primeiros-ministros italiano e argelino, Matteo Renzi e Abdelmalek Sellal, e da alta representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e Segurança, Federica Mogherini.

Na sexta-feira (27), as autoridades tunisianas afirmaram que pretendiam reunir dezenas de milhares de pessoas nas ruas de Túnis. “Acredito que estarão dezenas de milhares de pessoas, além do presidente (tunisiano) Beji Caid Essebsi”, disse o porta-voz da Presidência, Moez Sinaoui, ressaltando a “união sagrada” do país contra o terrorismo.

Beji Caid Essebsi lançou um apelo na quarta-feira (25), na televisão nacional, para que o povo tunisiano participasee da marcha de hoje, com início previsto para as 11h (7h em Brasília) na Praça Bab Saadoun, e término em frente ao Museu do Bardo.

“Faço um apelo a todos os tunisianos – jovens, adultos, crianças – para participarem da marcha, para expressar a força da Tunísia”, declarou o chefe de Estado.

O ataque foi feito por dois homens armados que abriram fogo contra dezenas de pessoas. No total, 20 turistas estrangeiros e dois tunisianos morreram, além dos dois atacantes, mortos pela polícia.

Em janeiro, outra marcha contra o terrorismo reuniu, em Paris, cerca de 1,5 milhão de pessoas e 50 líderes mundiais. A manifestação, que ocorreu em 11 de janeiro, foi promovida por François Hollande depois do ataque contra o semanário francês Charlie Hebdo e um supermercado judaico na capital francesa.

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