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Em 1ª declaração após marcha, Cristina diz que ato foi ‘decididamente opositor’

'O 18F não é a homenagem a um promotor, nem sequer uma reivindicação insólita por justiça, mas o batismo de fogo do Partido Judicial', declarou a presidenta sobre a marcha de um mês da morte de Nisman

Efe

Meios de comunicação divulgaram que ato reuniu 400 mil, número “absurdo e politicamente armado”, diz a presidenta

São Paulo Na primeira declaração sobre a marcha realizada na quarta-feira passada (18) em homenagem ao falecido promotor Alberto Nisman, morto há pouco mais de um mês, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que o ato teve caráter “decididamente opositor”. A afirmação foi publicada no site da chefe de Estado neste sábado (21).

“Tanto no gestual como nas palavras e no ostensivamente visível, o 18F [18 de fevereiro] foi decididamente uma passeata opositora, convocada por promotores e apoiada por juízes e todo o arco político opositor”, disse. Cristina qualificou de “absurdo e politicamente armado” o número dos presentes na manifestação que, segundo meios de comunicação argentinos, reuniram 400 mil pessoas.

Ela também afirmou que a passeata, convocada por um grupo de promotores, “não foi um ato de homenagem a uma pessoa tragicamente falecida, com a óbvia exceção de seus parentes diretos”. “O 18F não é a homenagem a um promotor, nem sequer uma reivindicação insólita por justiça, mas o batismo de fogo do Partido Judicial”, declarou.

Cristina também rebateu as críticas dos últimos dias por não ter falado sobre a marcha. “É curioso que, quando falo o que alguns não querem ouvir, um promotor exija que me cale, e quando não falo o que eles querem, reivindiquem que eu fale”, comentou.

No último dia 18 de fevereiro, uma multidão marchou em Buenos Aires para reivindicar em silêncio o esclarecimento da morte de Nisman, que investigava o atentado de 1994 contra a associação mutual judaica Amia, e havia denunciado Cristina por supostamente acobertar os iranianos acusados do ataque.

Junto aos familiares e promotores que convocaram a chamada “marcha do silêncio”, todos os pré-candidatos opositores à Presidência argentina compareceram ao ato, dando um caráter crítico ao governo da presidente Cristina Kirchner.

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