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‘Occupy Central’ leva 80 mil pessoas às ruas de Hong Kong em protestos por mais democracia

Mobilização deverá continuar ao longo desta semana; polícia utilizou gás lacrimogêneo para dispersar multidão

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Estudantes fazem barricadas com restos de cercas de proteção no centro financeiro de Hong Kong

São Paulo – Após o governo central chinês limitar quem poderá se apresentar como candidato nas eleições de Hong Kong de 2017, jovens, partidos políticos e organizações da sociedade civil chamaram um protesto de desobediência civil em favor de mais democracia no território. Para dispersar os cerca de 80 mil manifestantes reunidos neste domingo (28) no centro financeiro da cidade, policiais utilizaram gás lacrimogêneo.

Os manifestantes começaram a se organizar após o anúncio de que será criado um comitê com membros apontados por Pequim para escolher os candidatos ao governo de Hong Kong nas eleições de 2017. Além disso, a comissão manterá controle sobre os candidatos, oferecendo a possibilidade de apenas dois ou três presidenciáveis para o pleito.

As  medidas quebram o acordo feito em 1997, quando a cidade deixou de ser colônia britânica e passou a ser controlada pelo governo chinês. O acordo previa que a cidade teria eleições abertas e sufrágio universal em 20 anos.

Para tentar reverter a situação, estão sendo realizados diversos protestos. Para esta semana, os manifestantes planejam mobilizações maiores.

Vários grupos estão se organizando para permanecer na região, inclusive com alimentos e água. Ontem, a polícia desocupou a sede do governo da cidade, que havia sido tomada pelos manifestantes, como informou a BBC.

Manifestações são comuns em Hong Kong e costumam ser pacíficas e bem organizadas. Há o temor, no entanto, de que elas possam sair do controle devido à magnitude das convocatórias.

Um porta-voz do escritório para Hong Kong e Macao do governo central chinês manifestou confiança de que Pequim vai lidar com as manifestações de acordo com a lei. “Pequim se opõe firmemente a toda atividade ilegal que prejudique o mandato da lei e ponha em perigo a paz social”, disse o porta-voz mencionado pela agência oficial Xinhua.

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