Em um dia

Com avanço do Estado Islâmico, 60 mil curdos cruzam fronteira da Síria com a Turquia

Após ver movimentação massiva na região fronteiriça, governo turco resolveu abrir portões para receber refugiados

Str/EFE

Inicialmente expectativa era receber 4 mil curdos, mas ao menos 60 mil entraram na Turquia

São Paulo Em menos de 24 horas, mais de 60 mil curdos deixaram a Síria e cruzaram a fronteira com a Turqia. O principal motivo é o avanço do Estado Islâmico na região e o crescimento da violência, anunciou ontem (20) o vice-primeiro-ministro turco, Numan Kurtulmus.

Por conta do conflito no nordeste da Síria, a Turquia decidiu ontem (19) abrir a fronteira do país para cerca de 4 mil curdos que se concentravam na região. Ao saber da informação, outras milhares de pessoas tomaram o mesmo rumo, atingindo no final da tarde de hoje o número de 60 mil refugiados.

De acordo com informações da Agência Efe, o plano do governo turco era oferecer socorro aos refugiados na parte síria da fronteira, mas “finalmente tivemos que abrir passagem ontem às 13h (horário local) quando o Estado Islâmico avançou cerca de 6 ou 7 quilômetros. Alguns se refugiaram com suas famílias, e outros se instalaram em edifícios públicos, escolas e tendas de campanha”, explicou Kurtulmus.

Nativos da região conhecida como Curdistão, que abrange áreas do Irã, Iraque, Síria, Turquia, Armênia e Azerbaijão, com 500 mil quilômetros quadrados, os curdos falam idioma próprio, têm população superior a 26 milhões de pessoas e representam o maior grupo étnico sem estado do mundo.

No começo da semana, os Estados Unidos lançaram ataque aéreo contra o EI ao sudoeste de Bagdá, capital do governo central iraquiano. Segundo Washington, a ofensiva foi realizada após forças iraquianas pedirem por assistência. Foi a primeira vez que os EUA usaram força com a única intenção de proporcionar suporte às tropas de Bagdá na luta contra o grupo jihadista.

Ontem (19), aviões da França também atacaram bases do EI no Iraque. O país é o primeiro a se juntar aos Estados Unidos na campanha aérea contra o grupo.

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